Dívida Pública interna disparou 33,3 mil milhões de meticais no primeiro semestre de 2026

DESTAQUE ECONOMIA

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique tornou público, na quarta – feira, 26 de Julho, que a dívida pública interna agravou-se nos primeiros seis meses de 2023, situando-se actualmente nos 308,4 mil milhões de meticais, o que, de certa forma, representa um aumento de 33,3 mil milhões em relação a Dezembro de 2022. Por outro lado, o CPMO decidiu manter a taxa de juro de política monetária (taxa MIMO) em 17,25%.

A dívida pública interna continua insustentável. Se em Dezembro de 2022 rondava os 281.545 milhões de meticais, ou seja, mais 23,8% face ao verificado um ano antes, em Junho de 2023 situou-se nos 308,4 mil milhões.

“O endividamento público interno, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 308,4 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 33,3 mil milhões em relação a Dezembro de 2022”, refere o Banco Central.

No entanto, no seu relatório, o Ministério da Economia e Finanças justifica que “O aumento do stock da dívida interna deveu-se principalmente ao aumento da emissão de obrigações de tesouro, em 38,9%, e bilhetes de tesouro, em 20,7%, com impacto negativo na disponibilização de recursos para o setor privado”.

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique revelou ainda que em Junho houve manutenção das perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo.

“Em Junho de 2023, a inflação anual reduziu para 6,8%, a traduzir, principalmente, a queda dos preços da classe de bens alimentares, favorecida pela época fresca, num contexto de estabilidade da taxa de câmbio. A inflação subjacente, que exclui as frutas e vegetais e bens administrados, também abrandou. A evolução da inflação no médio prazo reflecte, sobretudo, a estabilidade do Metical e o impacto das medidas que vêm sendo tomadas pelo CPMO”

Por outro lado, o CPMO decidiu manter a taxa de juro de política monetária (taxa MIMO) em 17,25%, sendo que a decisão “é sustentada pela prevalência de elevados riscos e incertezas adversos associados, sobretudo, à pressão na despesa pública, bem como ao prolongamento e intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, não obstante as perspectivas de manutenção da inflação em um dígito no médio prazo”.

 

 

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