Governador de Cabo Delgado pede amor e carinho aos insurgentes que se renderam e voltaram a casa

POLÍTICA

Numa altura em que o Governo e iniciativas da sociedade civil teem estado a intensificar acções com vista a convencer jovens que se filiaram aos terroristas para regressarem a casa, através de mensagens postas a circular nas cidades, vilas e povoações onde é frequente o terrorismo, dando garantias de que estes não irão sofrer represálias, o governador da província de Cabo Delgado reforçou o pedido à população em geral a mostrarem um ambiente de amor e carinho para os terroristas que decidam abandonar as fileiras dos jihadistas e regressarem ao convívio familiar.

Adolfo Manuel, em Pemba

A sensibilização da população para o perdão para insurgentes que já se mostram arrependidos e que retornam voluntariamente à casa foi tornado público, recentemente, no centro de reassentamento de Marupa, no distrito de Chiure, aquando da entrega de certificados às famílias avaliadas nas boas práticas de higiene individual e colectiva, no âmbito do programa família modelo, implementado pelo sector de saúde e parceiros.

Na ocasião, Valige Tauabo explicou à comunidade que os malfeitores, que na sua maioria são jovens, foram enganados com várias promessas para se juntarem aos terroristas para o cometimento de vários crimes, mas muitos estão arrependidos e já manifestaram vontade de voltar.

O chefe do executivo provincial assegurou ainda que tratar com amor e carinho aos que já se entregaram de forma voluntária será uma forma de motivar o retorno dos insurgentes que ainda estão a resistir nas matas.

“Os jovens que estão se entregando devem conviver bem com eles, para depois se comunicarem com os outros que ainda estão nas matas para regressarem para suas famílias”, disse o governante.

Sem avançar o número dos insurgentes até então arrependidos e que já se encontram no convívio familiar, o governador insta aos populares a fazerem vigilância e denunciar indivíduos de origem desconhecida e que se fazem passar nas aldeias com interesses obscuros.

Refira-se que num breve encontro com as famílias deslocadas, o governante ouviu a preocupação das vítimas com o interesse de regressar às suas origens, mas que pedem, primeiro, a reparação das vias de acesso para circulação de pessoas e bens, facilitando a vigilância por parte das Forças de Defesa e Segurança (FDS).

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