Foram separados e divididos por três esquadras supostamente para serem torturados
Um foi solto ainda ontem, mas quando voltou hoje para recuperar seus pertences voltou a ser detido
Na cidade da Beira, são agora três os membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), incluindo os delegados provincial e da cidade, detidos em circutâncias até aqui não esclarecidas pela Polícia da República de Moçambique (PRM), que tem sido acusada de estar a agir de forma parcial e tendenciosa.
Tudo começou, segundo apurou Evidências, ontem por volta das 8 horas, quando o comandante da PRM, afecto na 4ª Esquadra na Munhava, fez uma ligação, solicitando o delegado da província e da Cidade para se dirigirem à esquadra sem, no entanto, avançar a agenda do encontro.
No local, a polícia impediu que Marcelino Manhasso, delegado provincial do MDM e Picardo Sola, delegado da cidade, fossem assistidos pelos respectivos advogados que estavam presente, tendo de seguida os submetido a um longo interrogatório que para além do comandante da esquadra, contou com a presença do comandante provincial e director da ordem.
Horas depois, os advogados foram informados que os visados teriam que permanecer detidos para averiguação, sem avançar nenhum argumento sobre a razão da sua detenção.
Quem também se viu privado de liberdade em circunstâncias ainda por esclarecer é Fernando Augusto da liga juvenil do MDM na Beira que esteve detido e conduzido à mesma esquadra, onde só viria a ser solto por volta das 22 horas. E porque havia deixado os seus pertences, voltou a 4ª esquadra para reaver seus bens e sem nenhuma explicação voltou a ser conduzido às celas, onde se encontra a ver o sol aos quadradinhos
No entanto, Evidências apurou que os dois delegados foram hoje separados, sendo que um está na 7ª Esquadra, que cita na brigada montada, e o outro está na 5ª Esquadra no bairro de Maquinino, o que tem sido interpretado como uma estratégia para torturá-los por forma a obter-se possiveis confissões.
A detenção daqueles dirigentes políticos do partido do galo foi denunciada ontem pelo presidente do MDM, Lutero Simango, revelando ainda a existência de outros cinco detidos no distrito de Chiúre em Cabo Delgado.
Até ao princípio da tarde de hoje a polícia ainda não se havia pronunciado sobre a detenção, tendo prometido ligar para jornalistas assim que se justificar.
Entretanto, Evidências tabelou informação de diversas fontes e apurou que os detidos são acusados de terem raptado um simpatizante do partido Frelimo, contudo, outras fontes asseguram que a suposta vítima terá sido surpreendida a recolher cartões de eleitor, tendo sido levada para ser apresentada aos membros, onde confessou a prática ilegal em pleno comício.
Posteriormente, o jovem surpreendido a recolher cartões foi levado à esquadra para registo do suposto ilícito eleitoral, ou seja, de denunciantes os dois delegados e o chefe da liga juvenil, que por sinal, faz parte do policiamento comunitária viraram os infractores aos olhos da polícia.
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