Nem TSU e nem comida: Acentua-se a degradação das condições dos militares

DESTAQUE SOCIEDADE

A implementação da Tabela Salarial Única gerou onda de indignação nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique e o Governo viu-se obrigada a usar a antiga tabela enquanto faz as devidas correcções. No entanto, enquanto aguardam ansiosamente reintrodução da TSU, os militares afectos aos quarteis espalhados de Rovuma ao Maputo enfrentam actualmente o défice de comida, visto que os fornecedores cortaram o abastecimento em virtude de estarem a seis meses sem receber os devidos pagamentos.

Desde a aprovação da Tabela Salarial Única já não se disfarça a crise de liquidez nas contas do Estado mesmo com todas manobras do Governo para esconder a todo custo a situação que tem gerado insatisfação na Função Pública.

A TSU está em vigor em vários sectores das Forças de Defesa e Segurança, porém, depois da expectativa, pariu decepção no seio das Forças Armadas de Defesa de Moçambique o que, de certa forma, fez com que o Governo devolvesse o instrumento para as devidas correcções.

Enquanto aguardam a reintrodução da Tabela Salarial Única, para além dos recorrentes atrasos de salários, os militares debatem-se, actualmente, com a escassez de comida nos quarteis, visto que as empresas que eram responsáveis pelo fornecimento de bens alimentícios estão a seis meses sem ver a cor do dinheiro e decidiram cortar o abastecimento.

A falta de comida nos quarteis acentuou sobremaneira a degradação das condições de vida dos militares, visto que no presente só tem direito a refeição quem permanece no quartel por mais de 24 horas.

Segundo alguns militares ouvidos pelo Evidências, perante actual situação alguns membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique levam mantimentos das suas residências para fintar “possíveis” situações de fome.

“Nos últimos seis meses as condições pioraram muitos quarteis.  Agora já não há comida. Só tem direito a refeição que fica mais de 24 horas no quartel. O Ministério da Defesa Nacional prometeu resolver a situação, mas até aqui nada mudou. É triste o que está acontecer no exército e principalmente numa altura em que estamos engajados na luta contra o terrorismo”, rematou a fonte.

 

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