Estudo recomenda revisão do cronograma de implementação de mistura de combustíveis fósseis importados com biocombustíveis

DESTAQUE ECONOMIA

Um estudo levado a cabo pela Confederação das Associações Econômicas de Moçambique recomenda uma revisão do cronograma da implementação da medida que prevê introdução da obrigatoriedade de mistura de combustíveis fósseis importados com biocombustíveis produzidos no país no âmbito da medida 10 do Pacote de Aceleração Económica (PAE).

Recentemente, no âmbito da medida 10 do Pacote de Aceleração Económica (PAE), teve lugar um Business Breakfast de apresentação da avaliação da política de mistura obrigatória de biocombustíveis em Moçambique, realizado pelo Ministério da Economia e Finanças e USAID, em parceria com a CTA.

Durante o encontro que reuniu empresas e associações empresariais com interesse directo na produção de potenciais matérias-primas para biocombustíveis, bem como algumas produtoras de biocombustíveis e parceiros de cooperação estudo levado a cabo pela Confederação das Associações Econômicas de Moçambique recomendou a revisão do cronograma da implementação da medida que prevê introdução da obrigatoriedade de mistura de combustíveis fósseis importados com biocombustíveis produzidos no país.

“A conclusão do estudo é de que, tendo em conta a capacidade actual de produção da matéria-prima para os biocombustíveis, não será viável iniciar a obrigatoriedade em 2024. Por isso, recomendou-se a prorrogação do prazo, tendo em conta os investimentos necessários, inclusive a revisão da própria Políticas dos Biocombustíveis, aprovada em 2009, que está desactualizada e previa a jatropha, mapira doce e copra, como produtos estratégicos para produção dos biocombustíveis. Com tudo isto, o estudo propõe a revisão do cronograma de implementação de níveis de mistura, alargando por um período mais longo e que a introdução de mandatos para mistura com biodiesel deviam ser reconsideradas, ou pelo menos implementadas num período mais longo do que do para as metas para o etanol”, refere a CTA.

Refira-se que, para a implementação da medida 10 do PAE, o Governo aprovou, em Setembro do corrente ano, o Regulamento de Biocombustíveis e suas Misturas (que revoga o Decreto 58/2011) e prevê que a obrigatoriedade das misturas inicie em 2024.

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