A TotalEnergies garantiu só retomaria o seu projecto na Bacia de Rovuma assim que fossem acauteladas as questões de segurança na província de Cabo Delgado. No entanto, numa altura que terroristas estão a protagonizar ataques em alguns distritos da província de Cabo, a multinacional francesa revelou que a máquinas voltarão a roncar no seu projecto assim que os acordos de financiamento estiverem restaurados.
“A última questão é o financiamento deste megaprojecto, que, eu diria, foi suspenso em 2021. Então, agora, estamos no processo de reengajamento com todas as instituições financeiras envolvidas em todo o mundo. Quando isso estiver concluído, reiniciaremos o projecto”, disse Patrick Pouyanné, CEO da TotalEnergies à margem da apresentação dos resultados anuais de 2023,
O regresso da multinacional francesa ainda é uma incógnita. Pouyanné aponta que, actualmente, a prioridade é garantir estabilidade em Afungi, tendo ainda referido que o Governo moçambicano é um dos principais impulsionadores da ideia da retoma através de uma série de factores, com destaque para a questão de segurança.
“Estamos a monitorizar permanentemente a situação no terreno. Como sabem, o Estado moçambicano está a receber apoio de outro Estado africano, nomeadamente o Ruanda, para manter o controlo da situação. O mais importante para nós é que a população civil regressou à região e a vida voltou ao normal”, avançou.
O líder da multinacional francesa revelou, por outro lado, que poderão ser retomados alguns trabalhos de engenharia ainda no primeiro semestre do corrente ano.
“Estamos a acompanhar de perto a situação. Novamente, o que quero evitar a todo custo é decidir trazer as pessoas de volta ao local e, depois, retirá-las novamente. Essa seria uma situação muito complexa de lidar”.
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