Frelimo aposta em Eduardo Abdula e tem quase garantida vitória nas eleições de Outubro

DESTAQUE POLÍTICA
  • Cabeça-de-lista da Frelimo em Nampula tem apoio até da oposição

Com 98% dos votos dos 132 membros do Comité Provincial da Frelimo em Nampula, o empresário e membro sénior daquela formação política, Eduardo Mariamo Abdula, também conhecido por Salimo Abdula, foi eleito, no último Sábado, como cabeça-de-lista, sendo por isso candidato a governador a nível daquele ponto do país. Natural de Nampula e bastante influente na região, a sua candidatura tem sido apoiada não só por membros e simpatizantes da Frelimo, como também pelos simpatizantes dos partidos da oposição dado o seu histórico de relacionamento saudável com pessoas de vários estratos sociais na terra que o viu nascer.

Diferente do que aconteceu nalguns pontos do país em que a eleição dos candidatos a cabeça-de-lista foi conturbada, em Nampula, o processo foi tranquilo e pacífico, tendo sido eleito quase que por unanimidade Salimo Abdula, proeminente empresário e membro sénior daquele partido.

Salimo Abdula concorria ao posto de cabeça-de-lista com Amisse Ibraimo Mahando, actual presidente da Assembleia Provincial, que acabou retirando a sua candidatura após perceber que tinha poucas chances de ganhar.

Sem candidato único imposto pela Comissão Política, em virtude de Manuel Rodrigues, actual governador, não ter merecido confiança após ter desobedecido o partido e recusado ser cabeça-de-lista nas eleições autárquicas, a indicação dos dois candidatos, nomeadamente Salimo Abdula e Amisse Mahando, obedeceu a directiva, ou seja, foram proposto pelo secretariado provincial e coube a Comissão Política confirmá-los.

No seu discurso após ser eleito, Salimo Abdula prometeu uma governação inclusiva e participativa envolvendo toda a população dos 23 Distritos da província no processo de tomada de decisão de forma abrangente, sem distinção de cor, filiação partidária, raça, religião, etnia e local de origem.

“Gostariamos de lembrar a todos aqui presentes que o vosso envolvimento na mobilização das populações é fundamental para uma vitória esmagoradora e convicente da Frelimo e do nosso candidato, Daniel Chapo, nas eleições gerais de 2024. Para o sucesso desta missão, somos todos chamados a participar na preparação deste grande evento, integrados nas brigadas dos gabinetes provincial e distritais de forma directa”, destacou.

Das sensibilidades colhidas pelo Evidências na cidade de Nampula, mas também em outros cantos da província, tudo indica que Salimo Abdula será eleito substituto de Manuel Rodrigues nas eleições de 09 de Outubro próximo, pois é descrito em toda província como político maduro e amigo de todos, o que relança a esperança.

Com anseio por novos ares, nampulenses ouvidos pelo Evidências destacam as qualidades de Salimo Abdula, que vão desde generoso a pessoa que sabe lidar com todos, apesar de na sua carreira política ter atingido responsabilidades de topo no partido.

“Nunca foi um homem de desprezar a ninguém. Sempre que pode ajuda ao próximo, e mesmo sem ser governador já fazia muito pela província que o viu nascer”, declarou um professor universitário ouvido pelo Evidências, que preferiu não se identificar.

Já para Mário Ricardo, oriundo de Nacala e residente em Nampula, com a eleição de Salimo Abdula como cabeça-de-lista abre-se uma nova esperança, por tartar-se de alguém que conhece muito bem a província e seus problemas.

“Eu sou simpatizante da Renamo, não vou esconder, mas estou saftisfeito com a eleição do mano Salimo. Parece estranho, mas ele tem apoio de todos, até nós da Renamo. Ele nasceu aqui, conhece bem os problemas da nossa província. Acredito que ser for eleito poderá emprestar uma nova dinámica ao governo”, declarou.

Para além de Ricardo, Evidências ouviu outros membros da oposição, incluindo alguns dirigentes de topo da Renamo, que sem esconder a sua filiação partidária garantiram que, inclusive, fizeram campanha por ele logo que souberam da sua indicação a candidato a candidato.

Refira-se que além de Nampula, Inhambane foi a outra província em que o actual governador não foi chancelado pela Comissão Política para renovar o mandato. Se, em Nampula, Manuel Rodrigues não foi chancelado por causa de “indisciplina, em Inhambane, Eduardo Mussanhane dirige a província a apenas alguns dias após a saída de Chapo. Neste ponto do país, os camaradas elegeram o jovem Francisco Pagule, de apenas 33 anos de idade, algo tido como um marco histórico na nossa jovem democracia.

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