- Enquanto a tropa moçambicana é mal abastecida
Numa altura em que há constantes queixas de quedas constantes de suprimentos logísticos no exercito moçambicano, o que contribuiu para a baixa moral, aliada a falta de meios adequados para o combate ao terrorismo, a Força Ruandesa, que protege interesses franceses e da Total Energies em Cabo Delgado, prepara-se para receber um financiamento duplicado de mais de 40 milhões de euros.
A informação é adiantada pela Bloomberg, que revela que a União Europeia tem em mesa de discussão o pagamento de 40 milhões de euros por equipamento militar não letal e transporte aéreo para os soldados das Forças de Defesa do Ruanda que foram destacados para a província de Cabo Delgado.
Citando fontes do bloco europeu, a Bloomberg revela que espera-se que os estados membros da UE discutam a proposta nas próximas semanas e há um forte apoio político dos países mais influentes do bloco, liderados pela França, que sempre negou que estava por detrás do financiamento ao exercito ruandês que actua em Cabo Delgado como uma espécie de força mercenária.
Recorde-se que a alguns meses a proposta em cima da mesa referenciava um pedido feito por Moçambique para o exercito de Paul Kagamé na ordem de 20 milhões de euros e na altura se falava de um impasse, pois há países europeus que não querem que seu dinheiro venha a financiar rebeldes do M23 que desestabilizam a República Democrática do Congo.
Um porta-voz da Comissão Europeia disse que as deliberações sobre como usar o financiamento do EPF são feitas pelos estados membros da UE e são confidenciais.
“Nesta fase não temos nenhum anúncio nem comentário a fazer sobre qualquer questão relacionada com a assistência do EPF a Moçambique ou a qualquer outro país parceiro”, disse ainda citada pela agência Bloomberg. (Bloomberg/Redação)
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