Os quatros candidatos à Presidência da República, nomeadamente Lutero Simango, Daniel Chapo, Venâncio Mondlane e Ossufo Momade continuam empenhados em convencer os moçambicanos que têm os melhores projectos para governar o país. Para além de garantir três refeições por dia, Ossufo Momade promete instalar três capitais provinciais, enquanto Venâncio Mondlane promete acabar com a onda dos raptos num espaço de um ano. Já Lutero Simango pretende, em caso de chegar à Ponta Vermelha, acabar com a corrupção e servir aos moçambicanos. Daniel Chapo, por sua vez, promete emprego para a população jovem e liderar o combate à corrupção a partir do seu próprio exemplo.
Duarte Sitoe
A campanha eleitoral tendo em vista as eleições gerais, legislativas e das assembleias provinciais continua ao rubro. Os quatros candidatos e os seus respectivos partidos continuam a promover os seus manifestos eleitorais para convencer os potenciais eleitores que têm o melhor projecto para governar Moçambique.
No seu périplo pela província de Nampula, um dos maiores círculos eleitorais do país, o candidato presidencial da Renamo, Ossufo Momade, prometeu instalar mais duas capitais com vista a totalizarem três.
“Quando eu for presidente, vou criar condições para que haja a revisão da Constituição da República para que possamos ter três capitais. A capital política, Maputo, a capital parlamentar, a cidade da Beira, e a capital económica, a Cidade de Nampula. Porque queremos desenvolvimento. Nós gostaríamos que todas essas grandes cidades pudessem ser desenvolvidas, porque tudo está na cidade de Maputo. É preciso colocarmos nessas três cidades para que possamos ter desenvolvimento”, referiu Momade, para depois prometer melhorar o sector da educação, sendo que para o efeito promete pagar bons quadros.
Ainda na tentativa de convencer os potenciais eleitores na apelidada capital da zona norte, o candidato suportado pela Renamo prometeu três refeições por dia. É necessário que as nossas crianças tenham acesso a três refeições, tenham matabicho (pequeno almoço), o almoço e o jantar, para que não sofram com desnutrição. Nós vamos trabalhar para isso. As nossas crianças não devem morrer cedo por falta de comida porque nós produzimos”.
Venâncio Mondlane promete descentralização fiscal
No entender de Venâncio Mondlane, os impostos cobrados às empresas exploradoras de recursos minerais serão cobrados ao nível provincial e não central, para beneficiar as populações locais. Mondlane promete, ainda, acabar com os raptos em um ano.
No seu périplo pela província de Niassa, Mondlane garantiu que vai introduzir a descentralização fiscal, tendo explicado que o seu projecto de governação passa pelos impostos cobrados às empresas que exploram recursos minerais, e não só, passarem a ser canalizados para cada província onde se desenvolvem as actividades.
A onda dos raptos continua a tirar sono aos moçambicanos, sobretudo a classe empresarial. Em caso de chegar à Ponta Vermelha, VM promete acabar, em um ano, com o fenómeno, sendo que para tal promete tecnologia de ponta.
Simango promete acabar com a corrupção
A corrupção continua no rol dos factores que retardam o desenvolvimento de Moçambique. Em caso de sair vitorioso no pleito eleitoral de Outubro próximo, Lutero Simango promete acabar com o fenómeno que ano após ano lesa os cofres do Estado.
“Há 49 anos que estas pessoas que estão no Governo só empobrecem o nosso país. Sabem qual é a diferença entre eu e eles, é que eu tenho as minhas mãos limpas, nunca desviei dinheiro de ninguém, nunca roubei dinheiro de ninguém. Eu não sou empresário. Não tenho empresa. Por isso, caso seja eleito Presidente, vou concentrar as minhas energias para servir Moçambique e os moçambicanos, e não para me servir do estado”, disse Simango
No que respeita ao terrorismo na província de Cabo Delgado, na sua marcha pelo distrito de Montepuez, o candidato do MDM garantiu que é capaz de falar com o diabo caso seja eleito Presidente da República.
Chapo promete emprego para jovens
No seu périplo pela zona Sul, ou seja, pelas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo, o candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, prometeu programas estruturantes de emprego e formação técnico profissional para a juventude.
“Apostar no investimento contínuo na formação profissional, de modo a incentivar os jovens a se formarem para saber-fazer e aumentar a sua empregabilidade. Queremos potenciar actividade agrícola para impulsionar a produção e, por via disso, atrair a indústria para aqui. Isso vai criar mais empregos para nossos jovens”, disse Chapo.
Em Maputo, concretamente no município da Matola, o candidato suportado pela Frelimo prometeu recuperar a indústria local, como a vidreira, que dava emprego a muita gente.
“Estamos cientes da problemática das inundações, vamos trabalhar com o município para encontrar uma saída para esse problema. Sabemos dos altos níveis de criminalidade e vamos encontrar formas de intensificar a vigilância. Queremos igualmente atrair investidores para Matola para financiar vários projectos que vão dar emprego aos jovens”, vincou Chapo.
“Votar Nova Democracia é refundar o Estado” – Salomão Muchanga
O Partido Nova Democracia, de Salomão Muchanga, continua a marcar positivamente a política doméstica. Depois de arrastar multidões em Nampula, Muchanga desceu para Zambézia, onde vincou que votar no seu partido é assumir partir a mentalidade de integração de jovens na lógica do sistema refundar o Estado moçambicano para defender a soberania nacional.
Muchanga falava durante uma marcha eleitoral havida nas principais artérias de Quelimane, a capital da província central moçambicana da Zambézia.
“A nossa principal mensagem é despertar a população que a hora da mudança já chegou para todos”, anunciou Muchanga, prosseguindo que a Nova Democracia é portadora da esperança de uma transformação radical da vida dos zambezianos, “para que possamos melhorar a qualidade de ensino, a criação de empregos e habitação para jovens e reconstrução de estradas”.
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