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O Porta – voz do Governo e, ao mesmo tempo, ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, revelou, nesta sexta – feira, 04 de Julho, que os cidadãos moçambicanos que eram submetidos a trabalho escravo em Laos foram localizados, estando agora em custódia policial enquanto aguardam pela repatriação.
De acordo com Inocêncio Impissa, os 23 moçambicanos já abandonaram as minas de carvão, estando neste momento sete em parte incerta.
“Na sequência das diligências feitas foi apurado que o grupo de 23 cidadãos moçambicanos já não se encontra no local de trabalho inicial por se terem evadido e, involuntariamente, se terem desmembrado. Resultando, portanto, que dos 23 cidadãos, 16 encontram-se no posto policial, sob custódia das autoridades laocianas, na província de Lung Namta, uma das 18 províncias laocianas, como fizemos referência, desconhecendo-se com efeito o paradeiro dos restantes 7 moçambicanos. Os 23 cidadãos moçambicanos encontravam-se a trabalhar numa empresa denominada Xinglong Papel, recrutados por outros 2 cidadãos moçambicanos na cidade da Beira, província de Sofá Lo, com promessa de trabalho em Laos”, disse Impissa.
O porta – voz do Governo, para além de referir que está em curso um trabalho para repatriamento dos cidadãos nacionais retidos em Laos, revelou que os responsáveis pelo recrutamento já foram identificados, sendo que um deles já está a ver o sol aos quadradinhos.
“De referir que os nomes dos moçambicanos responsáveis pelo recrutamento foram nos remetidos e das diligências até que realizadas resultaram na recente detenção de um deles para trabalhos adicionais. Neste momento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Cooperação, através da Embaixada da República de Moçambique na República Socialista de Vietname, continua a dialogar com o Governo da República Democrática Popular de Laos, a fim de esclarecer a situação e garantir o repatriamento dos moçambicanos”.
Para evitar que os moçambicanos, sobretudo os mais jovens, sejam aliciados pelos grupos do tráfico humano, Inocêncio Impissa pediu mais cautela e ponderação quando se trata de oportunidades de emprego no exterior.
“Diante deste cenário preocupante, queremos apelar aos moçambicanos para que tenham muito mais cautela quando estão diante de propostas de emprego para destinos não conhecidos e para isso devem saber destas oportunidades, as autoridades competentes, relevantes sobre a matéria, para efeitos de aferição da veracidade das ofertas que são comunicadas e assim evitaremos situações futuras de moçambicanos em situação de tráfico”.

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