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Para tornar os órgãos de administração eleitoral mais credíveis, alguns políticos e acadêmicos defendem a despartidarização das mesmas. No entanto, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), na voz de André Mangibire, referiu que só vai aceitar a despartidarização da Comissão Nacional de Eleições quando tiver a certeza que os acadêmicos e membros da sociedade não estão atrelados ao partido FRELIMO.
André Mangibire, que falava durante a Conferencia Sobre Democracia Eleitoral em Moçambique, justificou que os acadêmicos e membros da sociedade confundem a sua função, tendo dado o exemplo das primeiras eleições, realizadas em 1994, onde os mesmos foram acusados de favorecer o partido no poder.
No entender de Mangibire, despartidarizar os órgãos de administração eleitoral seria o regresso do monopartidarismo, uma vez que só estariam na Comissão Nacional de Eleições e Secretariado Técnico de Administração Eleitoral membros da FRELIMO, tendo lembrado que em vida Afonso Dhlakama lutou incansavelmente pela inclusão dos membros da perdiz nas duas instituições.
Indo mais longe, o membro sênior do agora segundo maior partido da oposicao em Moçambique, disse que a RENAMO só estará aberta para a despartidarização dos órgãos eleitorais quando concluir que a sociedade civil não foi capturada pela FRELIMO.

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