Tzu Chi consolida investimento de 108 milhões de dólares e supera metas de reconstrução em Sofala

DESTAQUE SOCIEDADE
Share this

O Presidente da Fundação Tzu Chi em Moçambique, Dino Foi, apresentou na manhã desta sexta-feira um balanço robusto das actividades de 2025, revelando que a organização não só cumpriu, como superou as metas estabelecidas para a reconstrução da província de Sofala após o impacto do ciclone Idai. Com um investimento global que ascende agora aos 108 milhões de dólares, a fundação reafirma o seu compromisso com a resiliência e a dignidade das famílias moçambicanas.

Originalmente orçado em 70 milhões de dólares, o projecto teve o seu tecto financeiro expandido para fazer face aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19 e pela volatilidade económica internacional. Financiada integralmente por donativos de voluntários de 55 países, a Tzu Chi aplica o rigoroso critério internacional “Build Back Better” (Reconstruir Melhor), assegurando que todas as suas obras suportem ciclones de categoria 4.

A área da educação é um dos pilares mais visíveis deste sucesso. Das 23 escolas previstas no plano de reconstrução, 17 já foram concluídas. Entre elas, destaca-se a Escola Secundária de Mafambisse, actualmente a maior do país, que já se encontra em pleno funcionamento.

Dino Foi anunciou que, após a inauguração de 10 estabelecimentos em Setembro, outras três escolas serão entregues ao Governo em Janeiro de 2026, garantindo novas vagas para o arranque do próximo ano lectivo.

Para o próximo ano, a carteira de projectos é igualmente ambiciosa. Foi anunciou ainda o início da construção da futura Escola Internacional de Tzu Chi, nas Mahotas, com capacidade para 700 alunos, e o complexo de Ndlavela, que contará com duas escolas totalizando 72 salas de aula.

“Podemos fechar o ano a dizer que fizemos tudo o que prometemos”, afirmou o presidente, sublinhando que o pipeline para 2026 inclui ainda a escola 25 de Setembro, em  Dondo.

No sector habitacional, a fundação ultrapassou a meta simbólica das 3.000 casas, alcançando a marca de 3.182 unidades resilientes. Após a entrega de 840 casas em Setembro – cerimónia que contou com a presença do Chefe de Estado, a Tzu Chi prepara-se para concluir em Janeiro a entrega das restantes unidades em Guara-guara e das 480 habitações do projecto do centro de reassentamento de Ndenja.

No campo da saúde, o progresso é igualmente notável com a construção de uma nova clínica na zona da Ponta-Gêa, na Beira. Além das infra-estruturas físicas, a fundação investe no capital humano, mantendo um programa contínuo de bolsas de estudo que envia anualmente médicos e estudantes para formação especializada na Ásia.

Para Dino Foi, a entrega das chaves é apenas o início da responsabilidade: “Nós construímos infra-estruturas do Estado e a nossa parte é entregar, mas a gestão é fundamental”, sublinhou. Como prova deste compromisso com a sustentabilidade social, a fundação submeteu ao Ministério da Educação uma proposta para implementar conteúdos de educação cívica e moral. O objectivo é incutir nas novas gerações valores de solidariedade, compaixão e a preservação do património público.

A Fundação Tzu Chi prevê concluir este ciclo actual de reconstrução no primeiro trimestre de 2027. Até lá, a organização continuará a operar sob os seus quatro pilares mestres: caridade, educação, saúde e cultura humanística, transformando a paisagem e o futuro das comunidades afectadas por desastres naturais em Moçambique.

Promo������o
Share this

Facebook Comments