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O Governo colocou a consciência individual de cada cidadão no centro da luta contra a corrupção no país, argumentando que o principal obstáculo à integridade reside no comportamento humano, e não na falta de legislação eficaz.
A posição foi defendida na quarta-feira (03) pelo Ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, durante o lançamento da Semana Nacional de Reflexão sobre a Corrupção, que decorre sob o lema: “Unir-nos aos Jovens contra a Corrupção, Moldando a Integridade do Amanhã”.
A falha é humana, não legal. Segundo o ministro, a sociedade deve reconhecer o seu papel fundamental na prevenção do fenómeno.
“O que está a falhar não são as leis e nem as instituições. Somos nós. Cada um de nós pensa que o combate à corrupção deve começar por alguém que não é consigo”, salientou.
Normalização de Pequenos Atos Corruptos: Impissa alertou ainda para o perigo da normalização de pequenos subornos, que enfraquece a capacidade da sociedade de identificar ilícitos. O hábito de chamar suborno de “refresco ou gorjeta” serve para “suavizar o mal”, tornando os cidadãos “cegos para práticas que prejudicam o país e fragilizam os serviços públicos”.
Por sua vez, Násimo Moussa, Director-Adjunto do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), reforçou a gravidade do problema, frisando que a corrupção representa uma ameaça directa ao desenvolvimento e à estabilidade institucional.
“A corrupção não é apenas uma infracção legal; é um fenómeno social e moral que distorce oportunidades, fragiliza instituições e compromete o futuro das gerações mais jovens”, afirmou Moussa, destacando que a prevenção deve ser complementada com a educação ética e uma maior aproximação entre cidadãos e instituições.



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