O antigo director da Inteligência Económica Serviço de Informação e Segurança de Estado (SISE), Carlos António de Rosário, voltou a faltar o respeito ao Tribunal. Depois de várias advertências ao réu, Efigénio Baptista decidiu fazer o que vinha prometendo, ou seja, interromper a audição de António Carlos de Rosário. Entretanto, depois do intervalo solicitado pelos mandatários dos réus para amainar os ânimos, Baptista reconsiderou a posição e ordenou a retoma do interrogatório.
Depois da interrupção requerida pelo novo mandatário de António Carlos de Rosário, Isálcio Mahanjane, para melhor estudar a estratégia de defesa, o julgamento das dívidas ocultas reiniciou esta quinta-feira, 28 de outubro. Chamado a responder as perguntas da Ordem dos Advogados, de Rosário revelou que Flávio Menete era quadro das Ministério de Defesa, tendo igualmente lançado um sério aviso ao juiz. “Hoje o meritíssimo está aqui, mas eu não sei se amanhã o meritíssimo estará aqui”, disse Rosário.
Ifigénio Baptista não se deixou intimidar e declarou “não tem medo das consequências daquilo que faço. Não costumo ter medo de nada e nem de ninguém! Só estou preocupado em fazer o meu trabalho. Não pode, quando é feito uma pergunta, pensar que o dr. Menete quer saber das suas operações”.
A chamada de atenção de Efigênio não conseguiu demover a posição de António Carlos de Rosário que pediu, mais uma vez, que o juiz na qualidade de árbitro não defendesse a Policia de Investigação Criminal (PIC), tendo também pedido que o Tribunal expulsasse Flávio Menete, quadro do Ministério da Defesa, tal fez com Alexandre Chivale.
“Meritíssimo estou a pedir para não defender a PIC. Meritíssimo tira Menete daqui, da mesma forma que tirou o dr. Chivale!”, exigiu o réu.
A exigência do réu foi a gota que fez transbordar o copo, uma vez que depois de várias advertências, Efigénio Baptista determinou o fim da audiência de António Carlos de Rosário tal como prometera num passado recente. “O réu já não é mais interrogado. Termina aqui o interrogatório do réu António do Rosário”.
Depois da decisão do juiz, Isálcio Mahanjane, advogado e António Carlos de Rosário, e de outros mandatários dos réus que constam nos autos pediram a interrupção do interrogatório por alguns minutos, defendendo que o Tribunal devia repensar a decisão, uma vez que o principal objectivo do julgamento é conhecer a verdade material.
Por seu turno, posteriormente ao intervalo solicitado pelos advogados de defesa para serenar os ânimos, Efigênio Baptista decidiu rever a sua posição, tendo ordenado a retoma do interrogatório do Antigo director da Inteligência Econômica do SISE
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