Plataforma Flutuante já se encontra nas águas moçambicanos

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Será o primeiro projecto a explorar gás natural na bacia do Rovuma

A Plataforma Flutuante, imprescindível para o início da exploração de gás natural na Bacia de Rovuma, província de Cabo Delgado, já se encontra nas águas nacionais. Este facto foi tornado público nesta segunda-feira, 03 de Janeiro, pelo Instituto Nacional de Petróleo (INP).

Enquanto se aguarda pelo reinicio das actividades no projecto liderado pela Total, naquele que é o maior investimento estrangeiro no continente africano, Moçambique caminha a passos galopantes do início da exploração de gás natural na Bacia de Rovuma.

De acordo com o Instituto Nacional do Petróleo, a Plataforma Flutuante, que, no dia 15 de Novembro, dos saiu dos estaleiros da divisão industrial da Samsung em Geoje, Coreia do Sul, já se encontra em Moçambique treze dias antes da data prevista.

“Neste momento decorre o processo de certificação do heliporto para permitir a aterragem e descolagem de helicópteros, que transportarão as equipas de apoio e trabalho.  Seguir-se-á a inspecção das várias componentes da plataforma, por uma equipa multissectorial, para aferir que estão assegurados, entre outros, os aspectos de saúde, segurança e ambiente e acauteladas as questões relacionadas com os planos de emergência e prontidão”, lê-se no comunicado do INP.

Ainda de acordo com o Instituto Nacional de Petróleo, a chegada da Plataforma Flutuante nas águas nacionais é um marco assinalável na implementação daquele que será o primeiro projecto a explorar gás natural na bacia do Rovuma.

“A chegada desta plataforma está em conformidade com o cronograma aprovado pelo Governo, sendo por isso um marco assinalável na implementação deste projeto, cuja Decisão Final de Investimento foi tomada em junho de 2017, prevendo-se que o início da produção ocorra até meados de 2022”.

Indo mais longe, o INP avançou que “após a conclusão da ancoragem, processo que inicia logo após a chegada da plataforma à área de produção, outra equipa multissectorial também liderada pelo INP vai efectuar uma vistoria à plataforma antes de proceder a emissão da Licença de Operação, em conformidade com o Regulamento de Licenciamento de Infraestruturas e Operações Petrolíferas. Prevê-se que esta acção ocorra até Abril do corrente ano”

Tudo apontava que o arranque da exploração de gás natural para o segundo trimestre do ano em curso, mas as previsões apontam que o consorcio liderado pela ENI possa dar pontapé de saída da produção de gás natural na bacia de Rovuma antes do segundo semestre de 2022 em curso.

Segundo dados oficias, o Estado vai arrecadar cerca 34.5 milhões de dólares com o arranque da exploração de gás através da Plataforma Flutuante. Aliás, o Executivo pode atingir a cifra dos 110 milhões por ano quando atingir o auge da arrecadação.

Dos dados já tornados públicos, consta que a estrutura deverá produzir 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) de gás natural liquefeito a partir das reservas de gás Coral Sul. Para 2024 está previsto o arranque da unidade de extracção e liquefacção em terra da Área 1, liderada pela Total, que aponta para uma produção de 13,12 mtpa.

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