MDM exige informação detalhada sobre DDR

DESTAQUE POLÍTICA

Recentemente, o Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo, Viana Magalhães, declarou que o incumprimento do DDR é um barril de pólvora que um dia pode mergulhar o país no caos, lançando um sério aviso ao Presidente da República que é acusado de encalhar o DDR por medo de perder o controlo das Forças de Defesa e Segurança. O Movimento Democratrico de Moçambique tem sido um espectador de luxo na troca de acusações entre a Frelimo e a Renamo. Na segunda- feira, 07 de Março, Lutero Simango, líder do segundo maior partido da oposição em Moçambique, exige informação detalhada ao Governo e a Renamo sobre o processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros da Renamo.

Falando à margem das celebrações do 13° aniversário do partido fundado por Daviz Simango, cujo as cerimónias centrais tiveram lugar na Sede Provincial de Maputo, o presidente do Movimento Democratico de Moçambique, Lutero Simango, declarou que  é desejo do partido que todos os moçambicanos saibam quantos indivíduos estão envolvidos no processo de o processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros da Renamo, quais são os encargos financeiros do processo, e que fique claro que o DDR é um assunto nacional e que diz respeito aos moçambicanos, uma vez que  pode garantir a paz e estabilidade no país se for bem gerido.

“É preciso um diálogo inclusivo e abrangente que envolve os políticos, a sociedade civil, os órgãos de comunicação social e a sociedade porque o sucesso do DDR resulta dos nossos impostos, dos contribuintes nacionais, e è por essa razão que nós várias vezes exigimos inclusão e transparência no processo e acima de tudo partilha de informação sobre o processo, e neste momento ouvimos que o DDR tem os seus problemas tem as suas dificuldades, mas ninguém apareceu publicamente a esclarecer de uma forma clara o que foi comprometido e quais foram os compromissos assumidos”, afirmou.

Simango observa, por outro lado, que desde os Acordos Gerais de Paz, assinados em Outubro 1992, o país tem vivido vários ciclos de violência armada, tendo chamado responsabilidade dos políticos e de todos os  moçambicanos para evitar renascimentos de ciclos de violência através da resolução dos problemas a partir das causas que motivaram o problema.

“Quando o General Mariano Nhongo morreu, tivemos o cuidado de dizer que não é com a morte de um chefe que tudo fica resolvido, o dilema que temos em Moçambique é que temos medo de resolver as causas dos conflitos e enquanto se não resolver as razões que motivaram a criação da Junta Militar da Renamo e em função disso resolver o problema, visto que os problemas não podem ser resolvidos de forma superficial. Há que haver coragem política de ir buscar as causas, as razões, os porquês e resolve-los”.

Sobre os 13º  do Movimento Democratrico de Moçambique, Simango referiu que reafirmou o seu compromisso com os moçambicanos, apontando que militantes e simpatizantes do MDM estão preparados para governar o país porque é chegada a hora da mudança.

“Quando nós surgimos em 2009 diziam que só teríamos seis meses de existência, ultrapassamos os seis meses, ultrapassamos os dois anos, e os cinco anos e hoje estamos aqui dizendo que o MDM continua e sempre será um partido presente no cenário político moçambicano, hoje ao falar da história política de Moçambique,  destes muitos 10 anos,  não se pode excluir o MDM. Assim que o país tem os seus recursos já bem definidos e as vendas desses recursos devem servir aos moçambicanos sem nenhuma discriminação, queremos um Moçambique para todos onde há inclusão política, económica e social”, rematou. (Neila Sitoe)

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