O mundo não pode esquecer o sofrimento das populações afectadas pelo conflito em Cabo Delgado – defende preside da União Parlamentar

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O terrorismo na Província de Cabo Delgado continua a tirar sono ao Governo e a comunidade internacional. Recentemente, o presidente da União Parlamentar, organização internacional dos parlamentos de Estados soberanos, Duarte Pacheco, no âmbito da visita de trabalho a Moçambique, manteve um encontro com o Presidente de República e defendeu a insurgência armada em Cabo Delgado deve permanecer entre as prioridades na agenda internacional, tendo declarado que “o mundo não pode esquecer o sofrimento das populações afectadas pelo conflito”.

O presidente da União Parlamentar observa que, no presente, as atenções estão viradas para outros problemas, ignorando de alguma forma a situação do terrorismo na província de Cabo Delgado. O presidente da União Parlamentar entende que eh dever da instituição por si chefiada, na qualidade de amigo de Moçambique, “repor o assunto na agenda”.

O deputado que é Portugal defende as cores do Partido Social Democrático (PSD), aponta que o problema do terrorismo na província de Cabo Delgado ainda persiste, tendo declarado que o mundo esta mais preocupado com os impactos económicos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

  “O problema está melhor graças a acção das Forças Armadas de Defesa e Segurança e dos países amigos que estão a apoiar Moçambique, mas o problema persiste. Como o problema persiste, não podemos parar porque se pararmos, se calhar, aquilo que se alcançou no último ano pode retroceder”, disse Pacheco para depois comprometer-se a levar o tema da insurgência armada na província de Cabo Delgado para a assembleia geral da União Interparlamentar que terá lugar em outubro próximo.

“É preciso alertar a comunidade internacional que o problema ainda existe e que o apoio que tem sido dado tem de continuar. Caso contrário, os parlamentares, que têm o papel de aprovar orçamentos, vão pensar que há outras prioridades e Moçambique vai desaparecer do radar”, frisou Duarte Pacheco, lembrando que o país africano também é ciclicamente afetado, na primeira linha, pelo impacto das mudanças climáticas.

Importa referir que, segundo dados da ACLED, os ataques dos insurgentes já fizeram mais de 900 mil deslocados e mais de quatro mil mortes.

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