O custo de vida tende a agravar-se nas principais cidades moçambicanas a cada mês que passa. Em Junho do ano em curso, os preços de bens e serviços voltaram a disparar, superando os números registados nos dados tornados públicos em Maio pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo dados do INE, em comparação com igual período do ano passado, em Junho do corrente ano, o país registou uma inflação de 10.81%, por sinal mais 1.15% que os dados tornados públicos em Maio.
Olhando para os dados recolhidos em Junho, quando comparados com os do mês anterior, o INE observa que o país registou uma inflação na ordem de 0,83%, sendo que as divisões de Transportes e de Alimentação e bebidas não alcoólicas foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,42 e 0,13 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente.
“Em relação a variação mensal por produto, é de destacar o aumento dos preços da gasolina (5,4%) do pão de trigo (5,1%), de refeições completas em restaurantes (1,4%), do gasóleo (8,1%), do óleo alimentar (3,3%), do carapau (1,9%) e do material diverso para manutenção e reparação de habitação (3,8%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,88pp positivos”, lê-se no relatório do Instituto Nacional de Estatística.
Entretanto, o INE refere, por outro lado, que alguns produtos com destaque para o peixe seco (5,8%), a cebola (5,9%), o coco (6,2%), o amendoim (4,4%), o peixe fresco (1,0%), a alface (8,2%) e o vinho (2,3%), contrariaram a tendência de aumento de preços, ao contribuírem com aproximadamente 0,34pp negativos no total da variação mensal.
No primeiro semestre de 2022, ainda de acordo com a fonte que destacou as divisões de alimentação e bebidas alcoólicas por ter contribuído no total da variação acumulada com cerca de 3,19pp e 2,00pp positivos, respectivamente, Moçambique registou um um aumento de preços na ordem de 6,44%.
“Comparativamente a igual período do ano anterior, o País registou no mês em análise, um aumento de preços na ordem de 10,81%. As divisões de Transportes e de Alimentação e bebidas não alcoólicas, foram em termos homólogos as que registaram maior variação de preços com cerca de 16,37% e 15,90%, respectivamente”
Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do país, o INE observa que todas as cidades registaram aumento de preços. A Cidade de Maputo liderou a tendencia da subida de preços ao se destacar com cerca de 0,96%, seguida da Cidade da Beira com 0,85% e por fim a Cidade de Nampula com aproximadamente de 0,56%.
Refira-se que no diz respeito a variação homóloga, a Cidade de Nampula liderou a tendência de aumento do nível geral de preços com aproximadamente 12,64%, seguida da Cidade da Beira com cerca de 10,69% e por último a Cidade de Maputo com 9,91%.
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