Nyusi promete mais investimentos na agricultura

DESTAQUE ECONOMIA POLÍTICA

Discursando no Primeiro Simpósio Nacional de Investigação Agrária em Moçambique, evento organizado pelo Instituto de Investigação Agraria de Moçambique e que se realizou sob o lema ”Transformação Tecnológica da Agricultura em Moçambique rumo à Fome Zero”, o Presidente da República, Filipe Nyusi, assumiu que a fraca productividade constitui um grande desafio para o sector agrário, tendo na ocasião tornado público que o Governo vai promover investimentos públicos e privados no sector da agricultura.

De acordo com o Chefe de Estado, a agricultura é a base de subsistência de milhões de pessoas no mundo no continente africano e no nosso país, a actividade agro-pecuária em toda a sua cadeia de valor é a principal fonte de alimento, renda e emprego de muitas famílias.

Olhando especificamente para o caso de Moçambique, Nyusi referiu que é a fonte de matérias primas para a indústria e é o sector que mais suporta a nossa economia nacional. Para fintar o actual cenário de fraca produção, o Chefe de Estado anunciou que vai haver mais investimentos para o sector privado assim como o privado.

“Promoverei o aumento de investimentos públicos e privados na agricultura, pecuária e pesca uma atenção especial; será dada ao sector familiar que sustenta a maior parte da população moçambicana. Prosseguirei com a política de incentivo aos camponeses que permite elevar a produção e a produtividade agrária, apostaremos na industrialização da nossa agricultura porque Moçambique tem todas as condições para ser uma potência agrícola da região”.

Recuperando o slogan do seu primeiro mandato “Moçambique tem tudo para dar certo”, o inquilino da Casa Vermelha, destacou que nos últimos anos o país deu passos significativos na área da agricultura e segurança alimentar, tendo dado o exemplo da campanha2021-22 que fez com que cerca de 2,6 milhões de moçambicanos deixassem de ser ameaçados pela insegurança alimentar.

“O Programa Mundial para Alimentação (PMA) retirou Moçambique da lista dos países com alto risco de fome. Isto não é para nos distrair, uma coisa é sair da lista e outra é haver pessoas que não conseguem comer de forma equilibrada, por isso mesmo a batalha para nós ainda continua e não está vencida e não está muito próximo de isso”.

Apesar dos números do Projecto Sustenta e do crescimento do Produto Interno Bruto, o Presidente da República reconheceu que a agricultura ainda não consegue resolver as nossas necessidades nacionais em termos de alimento e matéria prima.

“A nossa agricultura continua com fraca produtividade e os pequenos agricultores, que garantem maior parte da produção agrária, continuam com rendimentos baixos, daí a urgência de aumentar a produção e a produtividade através da introdução de mudanças tecnológicas na investigação, na qualidade da pesquisa e na extensão aos produtores e fornecedores” (Redacção)

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