Terroristas causam 15 mortos na aldeia de Iba e armam emboscada na N380

DESTAQUE POLÍTICA

O mesmo grupo que, na tarde de quarta-feira, emboscou três viaturas nas proximidades da aldeia Nangololo, no distrito de Meluco, teria na terça-feira, a princípio da noite, atacado a aldeia de Iba, onde teriam causado a morte de, pelo menos, 15 pessoas (inclui baixas do lado dos terroristas), entre eles elementos da Força Local, que trocou tiros quando se apercebeu da presença do grupo. Ainda esta semana houve intensificação de ataques em Meluco e Muidumbe e, desde a manhã deste sábado (4 de Fevereiro), há relatos de raptos na aldeia de Chapa, cerca de 25 quilómetros da vila Mueda.

Segundo relatos, inicialmente, os terroristas mataram quatro pessoas, todos homens. À sua saída, quando eram perseguidos pela Força Local, eles responderam numa troca de tiros na qual também quatro (04) terroristas foram mortos e respectivas armas recuperadas.

Antes de Iba, o grupo que se acredita ter vindo das baixas do distrito de Muidumbe teria ocupado durante cinco horas um centro de garimpo ilegal, próximo da aldeia Ravia, na localidade Minhanha.

Em Ravia, os terroristas em mais de 30, dentre eles jovens e adolescentes, chegaram a comprar todos os produtos alimentares em estabelecimentos comerciais informais, estabelecidos juntos dos acampamentos dos garimpeiros ilegais.

Estado Islâmico reivindica morte de 13 elementos da Força Local

Através de um comunicado, disponibilizado pelos meios de propaganda, o Estado Islâmico reivindicou, na quarta-feira, o ataque à aldeia de Iba, onde diz ter morto 13 elementos da força local também conhecidos por “naparamas”. Uns foram mortos a tiro e outros por decapitação, um ainda foi capturado.

“Ontem, milícias leais ao exército moçambicano entraram em confronto com milícias perto da aldeia de “Iba” na zona “Miloco” de Cabo Delgado, usando metralhadoras, matando 13 membros e capturando um deles, enquanto o resto fugiu”, lê-se no seu comunicado em que também se diz que foram capturadas seis (06) armas.

Relatos de raptos em Mueda

Um grupo de pessoas, na sua maioria mulheres, foi raptada na manhã deste sábado (4), nas machambas da aldeia Chapa, cerca de 25 quilómetros da vila Mueda. Fontes não têm dúvidas, que trata-se de uma acção de terroristas, aos avaliar o seu modus operand.

Por conta da situação, a região ficou toda agitada e parte da população refugiou-se a vila de Mueda, segundo testemunharam várias pessoas.

“É verdade, mas não se sabe nada ainda, há muitas pessoas a chegar aqui em Mueda”,  disse uma residente local.

Recorda-se que em menos de três semanas, os terroristas escalaram a aldia Nacala, na zona da localidade Omba, ainda no distrito de Mueda, onde feriram uma mulher, mataram um membro da força local e eles perderam cinco homens, entretanto já tinham queimado mais de 30 palhotas da população.

Combate cerrado em Mocímboa da Praia

A 25 de Janeiro, um grupo de cerca de 30 terroristas escalou a aldeia Calugo, em Mocímboa da Praia, onde além de apresentar rosto amigável à população, ofereceu dinheiro e até comprou alimentos e telefones.

Mas os terroristas não sabiam que isso seria fatal para o grupo. No mesmo dia, as forças do Ruanda, responsáveis pela segurança no distrito de Mocímboa da Praia, encetaram uma perseguição em matas próximas da aldeia de Lucheti, travando um combate que culminou com o ferimento de dois soldados e abate de 13 terroristas.

O observatório do conflito no norte de Moçambique, Cabo Ligado, da ACLED, anota no seu mais recente relatório semanal, consultado pelo Evidências, que, além dos 13 terroristas a 25 de Janeiro, novos confrontos entre as duas partes resultaram na morte de outros, somando assim 22, enquanto que as forças do Ruanda somaram quatro soldados feridos e um elemento da força local também morto. (Evidências)

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