Uma conversa entre Armando Artur e Pedro Pereira Lopes, escritores de gerações distintas, resultou numa miscelânea de textos de poesia do género haikai e fez nascer o livro “Fatia fresca de lua nova”, uma obra escrita a quatro mãos, por sinal obra do oitavo volume da colecção Biblioteca Rui de Noronha.
Texto: Teresa Simango
Trata-se do primeiro livro de haikai, poema de origem japonesa, composto por três versos, publicado em Moçambique que foi produzido pela Gala – Gala Edições. O lançamento da “Fatia fresca de lua nova” foi financiado pelo Nedbank no âmbito da sua responsabilidade social corporativa.
A obra, mais do que manifestar as sensações experimentadas pelo homem e pelos seus sujeitos poéticos, é um trabalho conjunto de duas gerações de escritores de tempos diferentes, ambos nascidos na província da Zambézia, terra que muitas vezes serve-lhes de inspiração.
Para Pedro Pereira Lopes, escritor, editor da obra e coordenador da Gala – Gala Edições, a vontade de escrever e diversificar os géneros e a união de escritores contribui para elevar a literatura moçambicana.
“O livro resulta do brinde de amizade com Armando Artur. A paixão que tenho por escrever e o gosto por diversificar o género no mercado para oferecer produtos diferenciados ao público leitor. O conflito de gerações não traz nada para a literatura, a união dos escritores pode contribuir para erguer a literatura moçambicana para outros cantos”.
Por sua vez, Armando Artur referiu que o livro foi uma oportunidade de passagem de testemunho da minha geração para nova geração.
“Foi uma experiência excepcional e bonita pelo facto de cooperar com um dos escritores galardoados de língua portuguesa e que escreve haikai a bastante interessante. O livro vai permitir que os leitores moçambicanos tenham contacto directo com o haikai e que despertem o gosto pelo tipo de poesia. Abrirá também espaço para que outros escritores sigam esta experiência escrevendo e publicando haicai, explicou Artur.
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