Taxistas por aplicativo reivindicam o direito ao trabalho durante a marcha do dia dos trabalhadores

DESTAQUE ECONOMIA

Centenas de motoristas juntaram-se à marcha comemorativa do 1º de maio, organizada pela Confederação Nacional dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique, na capital do país. Os taxistas exigiram que seu direito ao trabalho fosse protegido e todas as barreiras removidas para que possam aproveitar a tecnologia de aplicativos para ganhar a vida honestamente.

Os taxistas que utilizam aplicações de transporte como o Yango estão a levantar a voz contra a perseguição e repressão que enfrentam no dia a dia e apelam ao presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneas Comiche, ao Departamento de Mobilidade, Transporte e Trânsito (DMTT) liderado pelo vereador Alexandre Muianga e ao director Nelson Massango para que concedam um acesso sem entraves a tecnologias inovadoras que permitam aos condutores ganhar o seu rendimento com dignidade.

Com a marcha, os motoristas que se fizeram a praça às centenas, querem chamar a atenção para o que dizem ser a hostilidade do director do Departamento de Mobilidade, Transporte e Trânsito, em conluio com a TAXCIMA, por sinal concorrente, o que já resultou em agressões físicas não provocadas, apreensão ilegal de veículos e até prisões de motoristas que faziam viagens com o aplicativo Yango, tudo sem fundamento legal.

Os motoristas alegam que estas acções intimidatórias têm causado prejuízos financeiros aos simples moçambicanos que tentam ganhar a vida honestamente e são um obstáculo ao desenvolvimento de oportunidades de emprego para os jovens que desejam trabalhar com esta solução de mobilidade urbana.

Segundo os taxistas, as alegações de ilegalidade feitas anteriormente por Massango e Muianga contra a plataforma são infundadas. Como explicam, a Yango oferece apenas a tecnologia que permite a aplicação,  e a operação do serviço de táxi é de responsabilidade dos parceiros locais e dos próprios motoristas. Em vez disso, os motoristas pedem ao Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneas Comiche, que apoie a digitalização e acompanhe a Yango, a fim de encontrar uma solução que levante todas as alegações da DMTT.

A marcha dos taxistas que utilizam o aplicativo Yango insere-se na marcha da Confederação Nacional dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique, que assinala o Dia Mundial do Trabalhador, e que este ano terá como lema “Unidos contra o elevado custo de vida”.

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