Presidente da AMETRAMO acusado de liderar falsificação de listas para beneficiar membros da Frelimo em Dondo

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A Frelimo pretende obter uma vitória retumbante e esmagadora nas próximas eleições autárquicas e para o efeito já se encontra no terreno para ofuscar a concorrência, mas os métodos usados estão longe de ser transparentes. Em Dondo, arredores da província de Sofala, o presidente da AMETRAMO é indiciado de liderar a falsificação da lista de recenseamento para beneficiar os militantes do partido no poder, facto que criou desordem nos postos de recenseamento ao nível daquele distrito, uma vez que os eleitores que chegam nas primeiras horas do dia são preteridos em detrimentos dos que trazem consigo o “cartão vermelho”. Os cidadãos que não tem ligação com o partido no poder levam entre dois e três dias para se recensearem.

Texto: Jossias Sixpence- Beira

No distrito de Dondo, província de Sofala, reina um ambiente de descontentamento em relação ao recenseamento eleitoral. Em quase todos os postos de recenseamento ao nível daquele distrito os brigadistas receberam ordens para dar primazia aos membros da Frelimo.

Esta postura preocupa sobremaneira os membros dos partidos da oposição. Recentemente, um jovem militante do Movimento Democrático de Moçambique foi detido depois de manifestar a sua indignação porque os brigadistas decidiram ignorar a lista das pessoas que estavam na lista de espera para atender as pessoas que estavam registadas na lista que estava nas mãos do presidente da AMETRAMO em Dondo.

De acordo com as fontes que falaram ao Evidências, a lista que estava nas mãos daquele medico tradicional foi elaborada na célula do partido ao nível daquele distrito da província de Sofala.

Este não é o primeiro caso de detenção envolvendo membros do MDM, uma vez que na última semana três militantes do partido liderado por Lutero Simango foram detidos acuados de prática de ilícito eleitoral.

Trata-se de chefe da bancada do MDM na Assembleia Municipal, Estefanio Jossias; presidente da Liga da Juventude da MDM, Francisco Dique e o chefe do departamento de formação e quadros, Luís Cardoso, ambos que se encontravam a fiscalizar o processo de recenseamento naquela urbe.

O porta-voz da Polícia da Republica de Moçambique em Sofala, Dércio Chacate, tornou público que desde o arranque do processo eleitoral até esta parte foram detectados oito Ilícitos eleitorais, dos quais figuram a perturbação do funcionamento normal das brigadas, casos de corrupção passiva e casos de falsificação de documentos.

Chacate referiu, por outro lado, que volvidos 15 dias, que o processo de recenseamento eleitoral contínua em observância estrita da legalidade.

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