Em Dezembro de 2022, O Governo aproveitou a suspensão da greve para responder a demanda da quadra festiva para dialogar com os profissionais de saúde, tendo na altura prometido resolver o grosso das inquietações dos mesmos. Volvidos cinco meses após a trégua, a Associação Médica de Moçambique veio ao público anunciar que poderá avançar para uma nova greve devido falta de cumprimento da implementação do estatuto do médico e dos direitos nele consagrados. As irregularidades na implementação da Tabela Salarial Única continuam no caderno das reivindicações dos médicos.
Em Dezembro 2022, os médicos encabeçados Associação Medica de Moçambique (AMM) entraram em greve depois de vários avisos, mas a mesma foi suspensa para responder a demanda da quadra festiva.
De lá para esta parte, de acordo com Nilton Tatia, presidente da AMM, o Governo ainda não cumpriu com as suas promessas, ou seja, ainda não melhorou as condições de trabalho no grosso dos hospitais do país, o que, de certa forma, precipitou a greve dos profissionais de saúde na última semana.
Tatia refere que o Executivo teve o tempo suficiente para buscar soluções dos problemas que inquietam a classe, mas, debalde, conseguiu resolver apenas 10% do que prometeu.
Se por um lado, a Associação Medica de Moçambique aponta que o Governo não está a cumprir com implementação do estatuto do médico e dos direitos nele consagrados. Por outro, denuncia que as irregularidades detectadas na Tabela Salarial Única ainda não foram sanadas.
A título de exemplo, segundo revelou Nilton Tatia, em Maio do ano em curso, os médicos tiveram uma revisão em baixa dos seus salários em comparação ao que auferiram desde a implementação da Tabela Salarial Única.
Perante aos incumprimentos do Governo, a Associação Medica de Moçambique tornou público que nos próximos dias alguns hospitais vão paralisar os serviços de urgência por falta de recursos para diagnostico, com destaque para reagentes de laboratório e equipamentos de Raio X.
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