Caifadine Manasse colocou a Frelimo em polvorosa quando decidiu processar 23 deputados da Frelimo do círculo eleitoral da Zambézia. Manasse, que durante cinco anos foi porta –voz e chefe de departamento de Mobilização e Propaganda no partido no poder, sublinhou, recentemente, que não moveu o processo contra a Frelimo, mas sim contra cidadãos moçambicanos, visto que busca verdade material para acalentar o seu coração.
O deputado da Renamo, Venâncio Mondlane, denunciou, na Assembleia da República, a existência de um deputado da Frelimo pelo círculo eleitoral da Zambézia que estaria a liderar o tráfico de drogas a partir do Porto de Macuse, o que, de certa forma, levou à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, tendo a mesma concluído que há qualquer evidência.
No entanto, apesar de não ter sido provado a existência do barão de drogas, a denúncia de Mondlane abriu rixas internas no seio da Frelimo, visto que algumas alas do círculo eleitoral da Zambézia acusaram Caifadine Manasse de ter sido o mentor da informação.
Na sequência do caso, Manasse teve um processo disciplinar que culminou com a decisão de pedir o seu afastamento do Comité Provincial. Por entender que os camaradas do circulo eleitoral da Zambeziaa imputaram a si, de forma pública e consciente, factos ofensivos à sua honra e bom nome, o antigo porta – voz chefe de departamento de Mobilização e Propaganda no partido no poder, decidiu processar 23 dos 28 deputados do círculo eleitoral da Zambézia.
Depois muitos meses aconchegado no silêncio, Caifadine Manasse concedeu, recentemente, uma entrevista ao Diário da Zambézia e garantiu que não moveu processo contra a Frelimo, mas sim contra cidadãos moçambicanos. Aliás, Manasse sublinha que com o processo buscar verdade material para acalentar o seu coração.
“Reparei que deveria tomar uma decisão mais séria para algum alento em mim, na família e em alguns moçambicanos que me viram este tempo todo. Submeti este processo em busca de justiça. Alguém colocou em causa a minha imagem e eu busquei a justiça. Busco a verdade material para acalentar o meu coração”, enfatizou.
Se por um lado, Caifadine Manasse aponta que os 23 deputados da Frelimo no círculo eleitoral da Zambézia devem ir à justiça explicarem as razoes de o terem acusado. Por outro, garantiu que ainda granjeia a simpatia de muitos membros da Frelimo, tendo se mostrado preocupado com a falta de sinal de avanço do caso a nível da Procuradoria – Geral da República.
Manasse, que assumiu que o seu objectivo de continuar a servir o partido para garantir uma vitória retumbante e esmagadora dos próximos pleitos eleitorais, disse que continua a manter uma boa relação com o primeiro secretário da Frelimo na província da Zambézia.
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