Sector da saúde à beira do colapso: Profissionais de saúde retomam greve devido à falta de seriedade do Governo

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O Sistema Nacional de Saúde está à beira do colapso. Depois dos médicos, os profissionais de saúde, encabeçados pela Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), vão, no domingo, 20 de Agosto, retomar a greve por um período de 21 dias.  A APSUSM aponta que o Governo não cumpriu com nenhuma das promessas que fez durante as negociações verbais com a classe, denunciado que, em vez de procurar soluções, durante os 60 dias de trégua pautou por ameaças e perseguições aos seus membros.

A partir de domingo, 20 de Agosto, cerca de 65 mil técnicos de saúde, dentre eles enfermeiros, serventes, anestesistas e outros profissionais, vão paralisar as suas actividades em todas as unidades sanitárias do país.

No rol das justificações, Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique refere que o Governo não está preocupado em resolver as suas preocupações, ou seja, melhorar as condições de trabalho e do trabalhador.

“Quanto às condições do trabalhador o Governo afirmou categoricamente não possuir dinheiro para pagar salários adequados aos funcionários da saúde mesmo sabendo que este é um direito adquirido e não um favor. De tudo quanto foram as inquietações apresentadas pela APSUSM, nenhuma delas foi satisfeita com resultados tangíveis, pois, do lado do Governo, apenas houve reporte de negociações verbais efectuadas com entidades que não puderam ser provadas e que tais negociações realmente ocorreram”, declarou o presidente do Conselho de direcção da APSUSM, Anselmo Muchave.

Por outro lado, para além de estranhar p facto do Executivo gastar cerca de 4,5 mil milhões de meticais na preparação das eleições autárquicas que terão lugar em Outubro próximo em detrimento de comprar medicamentos e camas hospitalares, Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique refere que o Governo pautou por ameaças e perseguições.

“O Governo como sempre se habitou a enganar pediu uma trégua de 60 dias, os quais serviram para: Ameaçar o presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, de morte, fazer perseguições aos membros da associação. O governo não fez esforço para resolver os acordos alcançados resultados nos moldes acordados”, disse a Anselmo Muchave para posteriormente anunciar que, depois de uma consulta a nível, a agremiação por si dirigida decidiu retomar a greve que terá a duração de 21 dias prorrogáveis.

Caros compatriotas é pena que o governo não se importe com o bem estar e a saúde do povo moçambicano, pudera os governantes não as unidades sanitárias públicas e nem nacionais. Nós nos importamos, e não calaremos e nem deixaremos de lutar para obrigar o governo criar condições para prestação de serviços adequados aos nossos utentes. Nesta senda, após a consulta feita aos membros a nível nacional, não nos resta mais nada a não ser comunicar ao Governo a retoma da greve geral dos profissionais da saúde (…)”, finalizou.

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