O Governo moçambicano através do Ministério da Economia e Finanças (MEF) prevê para este ano um serviço da dívida na ordem de 1,57 mil milhões de dólares, dos quais 873 milhões em serviço da dívida interna que vai incluir o pagamento de juros na ordem de 533 milhões de dólares, que representarão um crescimento de 26% comparativamente a 2022.
Segundo Max Tonela, em 2022, a mesma rubrica cifrou-se em 14,4 mil milhões de dólares, tendo a dívida interna atingido 4,4 mil milhões de dólares, representando um peso de 30% do total da dívida contratada pelo Governo.
“Para fazer face à tendência expansionista das taxas de juro, o Governo pretende implementar reformas que passam pela dinamização de investidores institucionais, nomeadamente as seguradoras e fundos de pensões no mercado primário de títulos mobiliários, com destaque para Obrigações de Tesouro (OT), com vista a criar maior previsibilidade de liquidez no mercado e a alargar o período de maturidade, desconcentrando assim a pressão sobre a tesouraria”, disse Tonela, num informe apresentado aos representantes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a situação económica do país que, no seu entender “está numa trajectória firme de recuperação”.
Por outro lado, o governante, revelou, em Washington DC, capital dos Estados Unidos da América (EUA), que o Governo moçambicano tomou um conjunto de medidas com vista a corrigir os desvios decorrentes da implementação da Tabela Salarial Única (TSU), que se consubstanciam na reforma da massa salarial.
Neste contexto, fez saber que foram feitos ajustes dos subsídios e suplementos dos dirigentes superiores do Estado, houve uma incorporação da chamada área especial no sistema, em alusão às Forças de Defesa e Segurança (FDS), e realizada uma auditoria aos processos de enquadramento da área civil que foi cumprida em 95%.
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