- Segundo estudo feito pela plataforma DECIDE
No âmbito de lançamento de inquéritos mensais para auferir o nível de participação nos processos eleitorais, a plataforma eleitoral DECIDE fez um inquérito na província de Sofala, sendo que dos inquiridos 61,7% são mulheres e 35,3 % são homens. De acordo com o inquérito, 92,5% das pessoas confirmaram que vão exercer o seu direito de voto e 7,5% referiram que não vão votar. O estudo da DECIDE aponta, por outro lado, que no processo eleitoral que se avizinha as mulheres terão maior participação em relação aos homens, sendo que apesar destes dados a Associação de Mulheres para Desenvolvimento Comunitário (AMPDC) mostrou-se preocupada com a violência contra mulheres durante os processos eleitorais.
Jossias Sixpence – Beira
No próximo dia 09 de Outubro, os moçambicanos serão chamados às urnas para eleger o novo inquilino da Ponta Vermelha. A plataforma DECIDE fez o inquérito para medir o nível de participação nas VII Eleições Gerais, tendo inquirido cerca de 5393 pessoas, das quais 61,7% são mulheres e 35,3 % homens.
Segundo o inquérito, 61.7% das mulheres confirmaram que vão exercer o seu direito de voto, enquanto apenas 35.5% é que se vão fazer às urnas no dia 09 de Outubro. Estes dados mostram que as mulheres terão maior participação no processo eleitoral em relação aos homens.
Para o condenador da plataforma DECIDE, Wilker Dias, as mulheres constituem 53% de eleitores recenseados em 2023, o que de certa forma revela que estão cada vez mais interessadas nos processos democráticos.
“Nas eleições de 2023, as mulheres tiveram o maior número de participação e o estudo que realizamos em 11 capitais provinciais também revela que o maior número de participantes são as mulheres e temos que continuar a sensibilizar para que estas não venham apenas recensear, mas sim devem participar até o dia da votação como forma de contribuir na consolidação da nossa democracia”, disse Dias durante o lançamento da campanha de educação cívica de forma independente com vista a garantir uma maior participação no processo de recenseamento eleitoral.
Por outro lado, a Associação de Mulheres para Desenvolvimento Comunitário (AMPDC) observa que a violência contra as mulheres nas eleições é um assunto crítico e, por isso, exige a atenção imediata e acção colectiva, uma vez que as eleições constituem a pedra angular de qualquer democracia próspera, proporcionando uma oportunidade para que cidadãs e cidadãos exerçam o seu direito como eleitores e candidatos.
“Uma das condições para que nós possamos participar nos processos eleitorais é a segurança, porque muitas vezes assistimos cenários de violência e apelamos às mulheres para se distanciarem destes actos, como forma de sermos um exemplo para aqueles que têm iniciativas que põem em causa a nossa segurança”, disse Ângela Jorge, directora executiva da AMPDC.
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