Professores prometem paralisação geral de actividades a partir de sexta-feira

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  • Ouviram atentamente “mentiras” do PM e reagiram imediatamente

Há dias, o governo, que continua a não querer assumir a crise da tesouraria, disse, na Assembleia da República, estar arduamente empenhado com vista ao pagamento das dívidas  de horas extras que vem acumulando desde 2022 e, garantiu ter pago parcialmente a um grupo de professores. No entanto, a Associação dos Professores descredibiliza a versão do governo e acusa o Primeiro-ministro de “mentiroso e enganoso” pois o pagamento ainda não chegou às suas contas. Os professores deram um novo ultimato ao Governo e anunciaram que vão mesmo paralisar as actividades a partir da próxima sexta-feira (26) se, até à data, o Governo não pagar as horas extras de 13 meses em atraso.

Depois de sucessivas greves localizadas em várias escolas da zona  Sul do país,  a Associação Nacional dos Professores, ANAPRO ameaça convocar uma greve geral em todas as escolas do país, em reivindicação ao não pagamento das horas extras e as constantes mentiras do governo.

“Ele conseguiu mentir muito mais do que a ministra da Educação e ministro da Economia e Finanças juntos. Os números não só são mentirosos como também são enganosos. Parece que uma vez mais voltou a pedir uma máquina calculadora ao STAE, para poder trazer essa mentira.  O partido no poder sentou à mesa, deliberou e disse que ele deveria chegar e ler o que o partido queria”, disse Diamantino Marrengule, um dos líderes da associação dos professores.

Os professores foram mais longe ao falar das possíveis consequências para o próximo trimestre como “a não correção e entrega dos testes, a não divulgação dos resultados a escala nacional”.

“Se o governo não se pronunciar e não resolver este mesmo problema, o próximo semestre estará condicionado”, alertou a ANAPRO, ajuntando que a paralisação poderá afectar um número indeterminado de alunos, alguns dos quais não poderão realizar as avaliações trimestrais,

Marrengule explicou que a suspensão das actividades, por tempo indeterminado, poderá afectar, igualmente, a prestação de serviços mínimos, “tais que, na educação, são difíceis de identificar”.

As ameaças à paralisação das actividades surgem quando o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, na Assembleia da República disse que pagou 227,4 milhões de meticais de horas extras aos professores.

“No sector da educação foi validada uma dívida no valor de de 361.6 milhões de meticais, tendo já se pago um montante de 227.4 milhões de meticais em subsídio de horas extras”, assegurou Maleiane, mas os professores dizem na6o estar a ver o dinheiro refletido nas suas contas.

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