A Renamo realizou, entre os 15 e 16 do corrente mês de Maio, o VII Congresso, evento que culminou com a reeleição de Ossufo Momade. Contudo, parece que as decisões que foram tomadas naquela reunião magna não foram do agrado do grosso dos membros da perdiz, uma vez que, na terça – feira, 21 de Maio, centenas de membros e simpatizantes marcharam na Cidade de Quelimane, província da Zambézia, para contestar as deliberações feitas.
Depois de ter superado a concorrência e ser reconduzido à presidência da Renamo, Ossufo Momade apelou a coesão interna para vencer os desafios que se avizinham.
Volvidos cinco dias após a realização do VII Congresso, os membros em simpatizantes da ´perdiz e Quelimane saíram a rua para mostrar o seu descontentamento com o actual estágio do partido.
Para além de criticar o autoritarismo que caracterizou a reunião magna que teve lugar em Alto Mólucué, os manifestantes entendem que a reeleição de Ossufo Momade foi armadilhada, tendo ainda referido que tudo foi feito para impedir a participação de Venâncio Mondlane.
“Não entendemos os porquês da agressividade que houve naquele encontro. Até o presidente do Município, Manuel de Araújo, foi agredido. O mesmo que aconteceu com Venâncio Mondlane, que foi impedido de participar no Congresso por razões que não estão claras… acreditamos que houve um sistema montado para impedir a participação daqueles que são os pensadores para a libertação da nação moçambicana”, lamentou um dos manifestantes citado pelo Jornal o País.
Um outro membro da perdiz referiu, sem papas na língua, que a reeleição de Ossufo Momade beneficia mais a Frelimo em detrimento da própria Renamo.
“O nosso partido continua sem rumo. Com Ossufo Momade na liderança não vamos longe. A Frelimo já tem a vitória garantida nas próximas eleições. Precisávamos de alguém capaz de revitalizar o partido, mas os congressistas ao invés do bem do partido pensaram no seu estomago”, atirou.
Refira-se que na Cidade de Maputo, segundo fontes na posse do Evidências, os membros da Renamo, sobretudo os integrantes da Liga da Juventude, pretendem organizar uma marcha para repudiar as decisões tomadas no VII Congresso e endossar o seu apoio à candidatura “independente” de Venâncio Mondlane.
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