Para suprir a iminente saída das Forças da SAMIM da província de Cabo Delgado, o Presidente da República anunciou, recentemente, que vão chegar nos próximos dias mais 2500 soldados ruandeses. Reagindo ao anúncio do Chefe de Estado, Webster Zambara, líder sênior do Instituto de Justiça e Reconciliação, agremiação com sede na África do Sul, defende que a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) devia reconsiderar a decisão de retirar as tropas do Teatro Operacional Norte, justificando que a luta contra o terrorismo é longa.
Depois de ter garantido que as Forças de Defesa e Segurança estavam em prontidão para ocupar as posições que estavam na responsabilidade da força regional, Filipe Nyusi anunciou o reforço do contingente ruandês na província de Cabo Delgado.
De acordo com Nyusi, a chegada de 2500 soldados ruandeses não é sinônimo de que Moçambique não pode garantir sua própria defesa, mas porque o país não pode combater o terrorismo sozinho.
Por sua vez, o CEO da TotalEnergies, Patrick Jean Pouyanné, saudou o incremento da força ruandesa na província de Cabo Delgado, garantido, mesmo sem adiantar datas, que o projecto considerado o maior investimento privado da história do continente africano será retomado em breve.
Quem olha com alguma desconfiança para o anúncio do Presidente da República é o líder sênior líder sênior do Instituto de Justiça e Reconciliação, defendendo que a SADC deve reconsiderar a retirada das suas tropas do Teatro Operacional Norte.
Para sustentar a sua tese, Webster Zambara aponta que a luta contra o terrorismo é muito longa, tendo dado exemplos de alguns países da África Oriental e Ocidental.
“Na verdade, é a primeira vez na África Austral, onde teríamos uma tropa do leste da África estacionada em um país para lutar uma guerra que realmente está afetando não apenas um país Moçambique, mas outros como a Tanzânia, também Malawi e provavelmente toda a região, e o quadro maior é que as questões de terrorismo tendem a ser muito longas se olharmos para o al-Shabab na África Oriental e também o Boko Haram na África Ocidental, então podemos realmente precisar ver a África Austral”, advertiu
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