Araújo duvida da eficácia das missões de observação da União Europeia nos processos eleitorais

DESTAQUE POLÍTICA

O edil da Quelimane e cabeça de lista da Renamo na província da Zambézia nas eleições de Outubro próximo, Manuel de Araújo, vincou que as eleições em Moçambique não são justas e muitos menos transparente. A missão de observação eleitoral da União Europeia tem sido presença assídua nos processos eleitorais em Moçambique, no entanto, Manuel de Araújo, apesar de reconhecer a credibilidade, tem dúvidas sobre sua eficácia na obrigação dos pleitos.

As VII Eleições Autárquicas são consideradas as mais fraudulentas da história da jovem da democracia moçambicana. Olhando para o último pleito eleitoral, o edil de Quelimane, Manuel de Araújo, reconheceu que as missões da União Europeia conseguem exercer pressão, mas não alteram os resultados.

A avaliação e a importância das missões de observação da União Europeia, assim como de outras, têm um valor relativo. Estas missões exercem uma forma de pressão, sim, mas infelizmente não são suficientemente impactantes, ou seja, não alteram o resultado das eleições. Elas oferecem um parecer, uma leitura dos acontecimentos, mas não têm consequências diretas no ato eleitoral. Servem mais como um complemento para a posteridade, mas na prática não mudam o que realmente acontece”, declarou Araújo numa recente entrevista concedida ao DW para depois observar que o facto de não alterarem os resultados não diminui a sua importância.

A União Europeia não tem sido firme e contundente em relação às violações que acontecem nos processos eleitorais em Moçambique. Contudo, mesmo apontado dúvidas em relação a sua eficácia, condoera que as missões da UE são credíveis.

“As missões são credíveis, mas tenho dúvidas sobre a sua eficácia. Alguns dos observadores vêm cá, mas, para muitos, parece mais uma oportunidade para fazer turismo em África. Falta-lhes o comprometimento e a dedicação necessária para enfrentar o problema real que nós vivemos diariamente: a fraude eleitoral. As eleições em Moçambique não são nem livres nem justas, e estas missões, na maioria das vezes, limitam-se a documentar o que acontece”.

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