Profissional Marranza_Part. 2

OPINIÃO

Felisberto S. Botão

O ocidente está desesperado em derrubar o Ibraim Traoré, com tentativas sucessivas de assassinatos, porque eles não sabem olhar para o preto como um ser independente e autossuficiente. As investidas contra o Traoré não se resumem ao Burkina Faso, mas sim a toda África, para assegurar que o Traoré não se torne numa referência para os próximos líderes, que vão acreditar que é possível libertar-se completamente dos brancos imperialistas e exploradores, ou melhor, ladrões.

No cômputo global, o sistema ocidental está em colapso, todos os fundamentos do seu sistema estão a ser expostos, como é o caso do dólar que não passa de uma fraude sustentada por um “Ponzi scheme”; da dívida americana, razão da sua riqueza fictícia, que já passa dos 35 triliões de dólares e o país não tem capacidade de pagar, portanto, EUA é um país falido, sob qualquer perspectiva financeira e económica; do FMI e Banco Mundial que impõem dívidas armadilhadas aos países de África, Ásia e américa latina com o propósito de inviabilizar as economias e provocar desordem social, como vimos recentemente no Sri Lanka, Quénia, Nigéria, e até em Moçambique com o famoso TSU; do negócio da guerra em países alheios que está a ficar evidente na guerra da ucrânia, onde toda propaganda é enganosa só para vender e contrabandear armas; da insurgência em países alheios, agora largamente exposto em Burkina Faso e Mali, o que ajuda a compreender os casos de Moçambique e Congo.

Não importa o quanto a dinâmica de poder mude no mundo, a única coisa que o Ocidente não permitirá que mude é a condição de domínio e exploração de África, porque esta é a base que o Ocidente construiu para as suas casas.

É o momento de os africanos estarem juntos e trabalhar em bloco, para controlar os seus recursos e estabelecerem um sistema financeiros comum e independente, mas o africano anda muito distraído por conta de pequenas disputas locais, de gente sem capacidade de uma visão mais global das coisas.

O intrigante em África, é o recurso a irmãos pretos para trair outro irmão preto, e o profissional marranza é uma peça chave neste xadrez, principalmente quando inclui o feitiço nas suas acções. 

A feitiçaria entre os pretos é um assunto sério, e está a tornar-se uma praga na nossa sociedade. Há mais homens de facto e gravata e mulheres de salto alto a praticar a feitiçaria, do que se pode imaginar, e abundam nos escritórios e sectores públicos, que estão a inviabilizar a construção da nação moçambicana. Quando você é ignorante ou negligente com relação a matéria da feitiçaria, ou ainda lhe induzem a ter vergonha de falar do assunto, corre o risco de se tornar um “lixo espiritual”, aonde os feiticeiros depositam espíritos maus para parqueá-los por anos, até que você um dia descubra e devolva a proveniência, se não morrer antes disso.

As mortes de empreendedores e a falência de negócios provocada pelo feitiço está a crescer exponencialmente, pela acção de profissionais marranzas, e a nossa “civilização” impede que o problema seja tratado, pois as estruturas social e legal herdadas do colono não reconhecem este problema.

Por outro lado, também assistimos a morte crescente e prematura de curandeiros, principalmente entre jovens praticantes, por argumentarem com os seus espíritos, porque se acham no direito de levar uma vida normal, se assumirmos o materialismo como normal, e optam por alimentar a indústria dos profissionais marranzas. O espírito curandeiro é puro e bom, mas as mentes dos curandeiros estão corrompidas, pelo efeito conjuntural do africano, resultado da colonização. Muitas vezes, os espíritos acabam eliminando fisicamente o curandeiro, para se libertarem, e procurar uma outra alma mais pura, dentro da sua linhagem.

A acção de profissionais marranzas é viabilizada por familiares, que por conta de inveja e ódio, e principalmente por encobrimento de acções feiticeiras dentro da família, conluiem para enfraquecer as defesas espirituais dos seus irmãos abençoados, seus reais Messias, e até se conectam e colaboram com os marranzas contra o seu Messias. Você deve se lembrar da conversa que trouxemos aqui sobre “nós matamos os nossos Messias”, um comportamento que gera uma sociedade cada vez mais desconectada, desmotivada, deprimida, improdutiva e com desconexão cognitiva, onde ninguém sabe dizer de onde vem os problemas, e a postura africana de autodestruição tornou-se cultura, que na verdade é uma postura induzida espiritualmente por terceiros, e permanece um segredo e tabu na vida do africano…

Já trouxe aqui a discussão do conceito do mecanismo de defesa de “deslocamento”, de acções de um alvo desejado para um alvo substituto, quando o primeiro alvo não é acessível. Nesta perspectiva, o pressuposto é que a maioria dos africanos carrega a dor da escravatura e da colonização no fundo do seu ser, e isso acumula energias negativas dentro de si, que precisam ser libertadas.

Toda tentativa que o africano tem feito para tirar o branco do seu caminho, de forma sistematizada ou isolada, redundam no fracasso, porque todo sistema internacional, incluindo os governos africanos, foi desenhado pelo branco para defender seus interesses. O que acontece? O africano, não podendo alcançar o branco, que no seu subconsciente sabe que é a causa dos seus problemas, ele vai descarregar a energia no alvo acessível que ele tem, que é o seu irmão preto, e para isso, vários motivos são invocados, que não passam de uma justificativa.

Assim, assistimos a genocídios, a xenofobia, massacres e decapitações, insurgências, violência pós-eleitoral, perseguições institucionais e singulares, extorsão ao semelhante, dentro e fora do continente, intrigas e disputas familiares, até mortes, enfim, são vários exemplos de descarga de energia que assistimos ao longo dos anos um pouco pela África e na diáspora, que quando buscamos razões plausíveis para os mesmos, na lógica comum, não achamos. E quando tem acesso ao feitiço, este é usado para atacar qualquer sinal de prosperidade, pois este representa o capital, que é do branco,

O uso do feitiço é uma resposta que muitos de nós encontra para a cobardia que se apossou de nós, e trabalhamos nas costas, sem coragem para encararmos a quem queremos enfrentar.

O conceito marranzas nasce com as mulheres, que nos estados unidos chamam de “gold diggers”, que são conduzidas unicamente por interesse material, e aqui entre nós, alavancam as suas acções com o feitiço. Os profissionais marranzas usam o mesmo truque que estas mulheres. Muito cuidado com as mulheres, elas podem ser o seu anjo, e aumentar os seus dias na terra, ou o seu demônio, e diminuir os seus dias na terra.

O marranza na contabilidade não quer organização, e sempre vai argumentar para não priorizar contas cruciais como fornecedores chaves e impostos, e assegura que você se esquece. O marranza na engenharia e nas operações, vai inviabilizar prazos e qualidade para culpar a burocracia da contabilidade, vai inviabilizar registos de obra por conta de urgências, resultando em perdas de materiais e de suportes para a correcta facturação. Na administração, rasgam documentos e queimam arquivos, e depois expõem esta fragilidade a quem interessa e pode criar estragos para a empresa. O que lhes move é o ódio e a inveja, não resistem ao bem-estar alheio, por isso nem sempre roubam pela necessidade de posse. Por mais categoria tenha, elegância do facto ou altura do salto, o ódio lhes cega, só querem derrubar.

Tem também a classe de advogados com escritórios independentes, que muitos estão a desviar-se, e se enquadram perfeitamente na classe especial de “advogados marranzas”. Fazem pactos com os profissionais marranzas nas empresas. Usam a avença como mesada, e ganham nas burlas contra seus próprios clientes, através de negociações fictícias. Combinam com o marranza para fazer uma cobrança, por exemplo de 300 mil Meticais, e ele depois vem a empresa, seu cliente, e diz ter negociado para 200 mil Meticais. A empresa paga os 200 mil, e muitas vezes, só teria que pagar 60 mil Meticais, se de facto tivesse que pagar algo. E tudo isso é feito com alta cobertura do feitiço, para que o empresário aceite tudo sem reacção. Uma das estratégias que usam é montar redes de contactos nos bancos, em tribunais e em instituições de coesão do estado, como finanças, fiscalizações, inspecções, etc., para coagir seus próprios clientes, onde eles próprios vendem a posição dos seus clientes às instituições, e criam problemas para que depois venham ao resgate do cliente, decidindo como o problema será resolvido, assegurando os seus ganhos por fora. Um roubo a quem trabalha, e de boa fé contrata um profissional para assisti-lo. Não sei se a Ordem dos Advogados não sabe disso, pois isso envergonha os bons advogados, que felizmente ainda existem muitos.

Não é possível viabilizar um estado desta maneira, onde as pessoas que o servem não se identificam com o mesmo, e tudo o que querem dele é saquear e assegurar impunidade. E como no estado não cabem todos marranzas, hoje estão a montar estratégias de operação no sector privado. Tiram do estado a possibilidade de construção de instituições fortes, e tiram do privado a capacidade de construção de capital forte. Os marranzas são um problema muito grande para o país.  

O risco maior para a economia é que os marranzas estão a infiltrar-se perigosamente no estado, e estão a assumir posições no tesouro, nos tribunais, na procuradoria, nas direções fiscais, nas inspecções do estado, etc., e inviabilizam o funcionamento do estado, para garantir a impunidade da sua classe.

Como empresário, você precisa proteger sua empresa, legalmente e espiritualmente. O marranza tem que “queimar” e ficar desconfortável na sua empresa. Quando isso acontece, eles pedem para sair “daqui para aqui”, e até já não querem saber da indemnização. Saem a falar mal do patrão e da empresa, praguejam para quem quiser ouvir, pois para eles é muita vergonha e grande ofensa. Só uma dica, quando encontras uma pessoa a falar muito mal da sua empresa, e principalmente da ex-empresa, e diz “eu saí de lá, não sabem o que querem”, atenção, pode ser um potencial marranza que “queimou”, e saiu fugido.

Tenha também cuidado com as consultorias de contabilidade, faça a sua “due diligencie“, e certifique-se da idoneidade e reputação de quem está a frente. Há esquemas obscuros de roubos e extorsão, e até empregam contabilistas infiltrados na sua empresa para te roubarem e criarem um caos fiscal. Depois sempre conhecem alguém que pode ajudar lá nas finanças…

As coisas não estão bem, as pessoas perderam o senso da humanidade, pela carga de espíritos maus que carregam consigo, e alguns nem se quer têm a consciência do total da história. A perda da humanidade de muitos de nós, retira-nos a capacidade de sobrevivência como raça, pela falta de consciência racial. Hoje os brancos estão a preparar o lançamento da Covid 2.0, se é que não lançaram ainda, e o alvo principal são os pretos em África. Enquanto mantivermos esta postura distrativa de marranzas, não teremos tempo para defender a nossa sociedade, raça e gerações vindouras. Somos guiados pela fome, raiva infundada contra o semelhante, e competição com o irmão, onde quem ganha é sempre um terceiro, o branco.

O foco dos marranzas é roubar dos empreendedores e destrui-los, o que impede o país de construir capacidade local, e abrimos espaço para o roubo de recursos dos árabes e brancos. O Dubai, Qatar e outros árabes estão a fazer festa no tráfico de ouro e terras africanas…

Não podemos continuar a aceitar que os nossos filhos cresçam com a noção que quem tem dinheiro, na sua terra, é aquele que vem de fora, de pele clara, o bhai, o branco, e o mulato. Quem vem de fora têm que trabalhar para nós. Como é que você recebe alguém em casa, e você é que trabalha para esta pessoa?

O seu comentário e contribuição serão bem-vindos. Obrigado pelo seu suporte ao movimento SER ESPIRITUAL  https://web.facebook.com/serespiritual.mz/

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