Transito interrompido nas Cidades de Maputo e Matola

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A Cidade de Maputo parecia ter acordado com normalidade logo nas primeiras horas, com pessoas e trânsito a fluírem normalmente, mas bastou o ponteiro apontar para a hora 8 para tudo mudar. Em cumprimento das orientações do candidato presidencial do PODEMOS, Venâncio Mondlane,  automobilistas desligaram suas viaturas bloqueando o trânsito nas principais vias e avenidas, enquanto jovens e adultos tomavam as ruas entoando canções em jeito de manifestações.

O centro da cidade de Maputo está com o trânsito completamente paralisado. Viaturas particulares e de transporte de passageiros foram usadas para bloquear as principais avenidas, com destaque para a Av. 25 de Setembro onde foi usado um dos recém adquiridos autocarros articulados para bloquear a passagem.

Na Matola há relato de várias vias interrompidas, com destaque para a Estrada Nacional Número 4, que faz a ligação com a África do Sul, através da fronteira de Ressano Garcia. Para além de carros, foram usados obstáculos para impedir a circulação.

Enquanto isso, na vila de Ressano Garcia, onde localiza-se a maior fronteira terrestre do país, apesar de não ter havido encerramento do posto fronteiriço, o movimento está condicionado, pois os manifestantes tomaram novamente a estrada, onde colocaram mesas para passar refeições e tomar cerveja.

Refira-se que o fluxo de viaturas é muito reduzido, pois muitos automobilistas evitaram se fazer à estrada com receio de verem os seus veículos vandalizados. Quem também retirou-se são os transportes de passageiros que não quiseram desafiar a fúria dos manifestantes.

Mesmo assim, na Cidade de Maputo algumas lojas e instituições públicas e privadas continuam abertas e regista-se um ligeiro movimento de pessoas. Já os manifestantes, estes, ocuparam as estradas onde jogam futebol e outro tipo de jogos como “dama” e ntxuva, consomem bebidas alcoólicas e até simulam estar a dormir.

A polícia, através de várias unidades, incluindo a UIR, está no terreno, mas não há registo de nenhum disparo ou confrontações, preferindo adoptar a mesma política dos militares, o que evita a escalada da situação.

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