A Plataforma DECIDE tornou público que mais de 300 moçambicanos foram mortos pela Polícia da República de Moçambique desde a eclosão da onda das manifestações em protesto contra os resultados eleitorais. No entanto, o Comandante – Geral da corporação, Bernardino Rafael, referiu que morreram 96 indivíduos, dos quais 17 agentes da lei e ordem.
Os números apresentados pelo Comandante – Geral da PRM não batem com os que foram revelados pela sociedade civil.
De acordo com Bernardino Rafael, durante a onda das manifestações foram registados 96 óbitos e desses 17 são agentes da Polícia da República de Moçambique.
“O número de registros da Polícia mostra que tivemos 96 óbitos decorrentes das manifestações violentas. Este é o número da Polícia, que não tem relação com números paralelos. Cada um pode apresentar os seus números, mas nós temos o número das pessoas, com os nomes e os locais onde foram sepultadas. E, desses, 17 são membros da PRM”, referiu Bernadino Rafael.
As mais de 300 pessoas contabilizadas pela Plataforma DECIDE perderam a vida depois de terem sido alvejados pelos agentes da lei e ordem. No entanto, Rafael, que disse que polícia por si liderada apenas queria impor a ordem e disciplina entre os cidadãos moçambicanos, frisou que não conhece os indivíduos assassinaram civis.
Relativamente aos feridos, o Comandante – Geral da PRM revelou que 952 pessoas, sendo 187 agentes da corporação, deram entrada nos diversos hospitais, tendo ainda apontado que os manifestantes se apoderaram de 53 armas de fogos.
Nas entrelinhas, Bernarrdino Rafael, para além de criticar debates nas redes sociais sobre o modus operandi dos agentes da lei e ordem, vincou que a Polícia da República de Moçambique tem sido exemplo de unidade nacional.
“Vamos deixar de alimentar os nossos assuntos nas redes sociais. A PRM tem sido um exemplo de unidade nacional. Portanto, queremos declarar o fim da nossa operação Maré, bem como da operação da quadra festiva”.

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