O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM, IP) alerta para a possibilidade de formação de um sistema que tem potencial para evoluir para Ciclone Tropical em Madagáscar, que poderá atingir o Canal de Moçambique, devido a forte instabilidade atmosférica associada a altas temperaturas da superfície atmosféricas das águas do mar sobre o sudoeste do Oceano Indico e o Canal de Moçambique.
O sistema de baixa pressão atmosférica que está a se formar na costa leste de Madagáscar, com categoria 3, apresenta ventos de cerca de 160 a 180 km por hora, poderá eclodir a partir do dia 22 de Janeiro, mas é prematuro saber se o mesmo vai atingir o país.
“Só a partir dos dias 23 e 24 é que teremos projeções daquilo que vai ser o comportamento do sistema, continuamos a fazer a monitoria desse sistema e vamos actualizar a informação sempre que for necessário, mas temos a certeza que ele vai desenvolver, vai atingir Madagáscar e depois vai entrar no Canal de Moçambique no dia 25, e a partir dai veremos quais são as projeções”, disse Acácio Tembe, chefe do departamento de Análises de Previsão de Tempo do (INAM,IP), ontem, na cidade de Maputo, durante uma conferência de imprensa.
Tembe acrescentou que em todo o país há ocorrência de chuvas e as previsões climáticas já davam indicação que teremos chuvas normais, com alguma tendência para acima do normal, na zona sul do país, onde já há alternância em termos de tempo, calor, muita humidade, e ocorrência de chuvas, principalmente de noite, nas madrugadas e nas primeiras horas do dia.
“Na zona Centro e norte estamos a ter antecipação das chuvas e já temos ocorrência de chuvas fortes, principalmente na zona norte da província da Zambézia, em Niassa, Cabo Delgado e Nampula, temos prevalência de chuvas e a situação vai se manter nos próximos dias, enquanto que na zona sul teremos tendência de abrandamento de chuvas a partir do final de Janeiro, porque geralmente as chuvas iniciam na zona sul, depois entram para as zonas centro e norte, e como as chuvas vão até Março é provável que até essa altura ocorram vários fenómenos no país”, explicou. (Neila Sitoe)
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