PGR detém suposto cabecilha do rombo de mais de um bilião de meticais dos cofres do TIMAR

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A Procuradoria Geral da República efectuou, na manhã desta quarta-feira, mais uma detenção, elevando o número para nove detidos em conexão com um esquema que culminou com o desvio de um bilião e duzentos e oito milhões de meticais dos cofres do Terminal Marítimo de Maputo (TIMAR), com recurso a uma isenção forjada, obtida a pretexto de ajuda a pessoas carenciadas e vítimas de terrorismo em Cabo Delgado.

Desta vez trata-se de um despachante aduaneiro, de nacionalidade maliana, proprietário da empresa Sabuniuma Logística e Services, Importação e Exportação, considerado cabecilha do esquema.

O suposto cabecilha foi detido na posse de avultadas somas de dinheiro, e junta-se aos oito integrantes do esquema que envolve funcionários seniores das Alfandegas de Moçambique, despachantes aduaneiros e empresários de nacionalidade moçambicana, indiana, paquistanesa e chinesa.

Neste momento, os primeiros detidos estão a ser ouvidos pelo juiz da secção criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), no âmbito da instrução preparatória, que devera legalizar a prisão.

 

É o desenrolar do processo-crime registado sob o número 2183/1101/P/2021, que corre termos na Procuradoria da Cidade, que soma agora com nove arguidos detidos, uma lista que teríamos avançado na primeira publicação que poderá aumentar.

“Das diligências até aqui realizadas apurou-se que defraudaram o Estado moçambicano no valor indiciário de aproximadamente 1.209.000.000,00 MZN (um bilião e duzentos e nove milhões de meticais)”, referiu o Ministério Público, revelando que com o valor ilicitamente adquirido, os co-arguidos fizeram investimentos em diversos sectores.

Em conexão com o caso foram aprendidos vários imóveis, viaturas de luxo e valores monetários e prosseguem diligências, no âmbito da instrução dos autos.

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