Governo sem fundos para reconstrução de Cabo Delgado

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O primeiro-ministro, Adriano Maleiane reconheceu, há dias, durante sua última visita a Cabo Delgado que o Governo ainda não dispõe na totalidade do fundo para a reconstrução dos distritos afectados pelo terrorismo naquela província.

Durante a visita, Maleiane admitiu que a reactivação dos serviços administrativos está morosa e assumiu que a economia dos distritos que já recebem de volta milhares de deslocados dos ataques terroristas tem sido segurada até ao momento pelos comerciantes locais.

“O programa (de reconstrução) tem um financiamento subjacente. O que está a acontecer é que o ritmo da disponibilização desses fundos, que estavam previstos, não está a ser acompanhado com a urgência no terreno, embora alguns serviços básicos funcionem, mas de forma precária”, disse Adriano Maleiane a jornalistas em Pemba.

Por outro lado, o dirigente destacou e se mostrou entusiasmado pela capacidade que os comerciantes locais têm de se reinventar face ao cenário vivido em Cabo Delgado.

“Os agentes económicos, todos em Cabo Delgado, têm a capacidade de se reinventar, porque todos esses não esperaram pela disponibilização do dinheiro, foram fazendo as coisas e as coisas estão a acontecer”, frisou Adriano Maleiane, dizendo que “vi obras em curso, mas também vi a economia a funcionar”.

De referir o Plano de Reconstrução de Cabo Delgado foi aprovado há mais de um ano pelo Conselho de Ministros, com duração prevista de três anos e custos avaliados em cerca de 300 milhões de dólares norte americanos.

Este plano prevê garantir a segurança, a criação de meios eficazes de subsistência para os deslocados que pretendam regressar as zonas de origem e reactivar os serviços de interesse público, administrativos e comerciais dos distritos duramente afectados pelo terrorismo.

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