Mais uma vez as LAM registam uma avaria quase fatal

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Mais uma aeronave das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), com destino a Lichinga registou uma avaria grave em pleno voo, na manhã desta quinta-feira, 29 de Dezembro, levando 120 passageiros a bordo. Trata-se de um Boeing 737-7Q8, e o cenário não teve um final trágico graças ao treinamento e experiência do comandante junto da sua tripulação  que conseguiram conter a aeronave.

Mas este não é um caso atípico para a companhia aérea. Ainda este mês, o Boeing B737-700-C9BAR, pertencente a mesma companhia, vinnha de Maputo e acabou deslizando na pista, passando o limite estabelecido para aterissagem de aeronaves tendo ido parar no final da mesma. O incidente movimentou o corpo de bombeiros local mas não houve vítimas humanas ou materiais;

Já no dia 5 de Dezembro a LAM anunciou, em comunicado que todos os voos estavam suspensos devido a avaria das quatro aeronaves, que segundo o relatava o comunicado, estas estavam em “reparação pontual”. Mas após os prejuízos aos passageiross por causa dos voos cancelados a LAM anunciou que as mesmas já tinham sido reparadas com sucesso. Mas o drama não para por aí.

A 16 de Dezembro corrente a companhia (LAM), anunciou em comunicado que reforçou a frota de aeronaves com vista a aumentar a capacidade de voos e responder à demanda nos destinos que opera.

“A LAM passa, assim, a operar com dois Boeing B737, um Bombardier CRJ, três Bombardier Q400 e dois Embraer 145, estes últimos são operados pela MEX – Moçambique Expresso, subsidiária da LAM”, referia o comunicado. Mas passado pouco mais de uma semana após a incorporação destas aeronaves na frota da companhia, surgiram videos nas redes sociais mostrando um membro da tripulação da aeronave dando instruções aos passageiros com recurso a um megafone, porque o recém adquirido avião estava com problemas no sistema de comunicação interno.

Estes e outros problemas são do conhecimento do ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, que tornou público que o governo pretende restruturar as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). Magala já reconheceu que o problema da LAM é secular e referiu que ainda não sabe se a privatização pode curar a “doença” da companhia de bandeira.

A privatização ou não das LAM tem criado muitos debates e por diversas ocasiões quadros do governo entraram em contradição nos seus pronunciamentos sobre este assunto, limitando-se a dizer que têm em vista estratégias para “resgatar” as Linhas Aéreas de Moçambique. Espara-se que não aconteça nada mais trágico pois, a LAM está a cada dia dando sinal fortes que está caíndo aos pedaços.

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