Juízes dos Tribunais de KaMavota e KaMubukwana pressionados para julgarem improcedentes os recursos da Renamo

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A Comissão Distrital de Eleições ao nível da Cidade anunciou que a Frelimo venceu as VI Eleições Autárquicas na Cidade de Maputo com cerca de 58,78% dos votos, contra 33% da RENAMO e 6% do MDM. Apoiando-se na contagem paralela dos votos, o maior partido da oposição no país interpôs recursos pedindo anulação dos resultados em vários distritos municipais por entender que houve manipulação dos resultados. Os Tribunais Judiciais de KaMpfumo e Nlhamankulo julgaram procedentes o recurso da perdiz, mas os Juízes dos Tribunais de KaMavota e KaMubukwana, por sinal os mais populosos da Cidade de Maputo, estão a ser pressionados para chumbarem o expediente da Renamo.

Já não restam dúvidas de que as VI Eleições Autárquicas ao nível do Município de Maputo não foram livres, justas e transparentes. Em quase todos distritos municípios há relatos de falsificação de editais e actas para favorecer o partido no poder.

Depois da Comissão Distrital de Eleições em Maputo anunciar os resultados intermédios, a Renamo, na base dos editais e actas extraídos nas mesas de votação, decidiu interpor recursos em vários tribunais para contestar os resultados e pedir a anulação do processo.

Os Tribunais Judiciais de KaMpfumo e Nlhamankulo julgaram procedentes o recurso da perdiz, abrindo desta forma espaço para a repetição de eleições naqueles dois distritos municipais.

No entanto, segundo informações na posse do Evidências, os Tribunais Judiciais de KaMavota e KaMubukwana, por sinal os mais populosos da Cidade de Maputo, estão a ser pressionados pela elite da Frelimo para julgarem improcedentes os recursos da Renamo mesmo com as provas que dão conta de que houve manipulação de resultados.

Os camaradas não querem a repetição da votação porque temem que esta será mais uma oportunidade para os munícipes da capital moçambicana se vingar através das urnas da má governação, alto custo de vida, corrupção generalizada e os impactos das trapalhadas na implementação da Tabela Salarial Única.

Refira-se que Tribunais de KaMavota e KaMubukwana vão nesta quarta-feira, 18 de Outubro, proferir leitura da sentença dos recursos submetidos pelo maior partido da oposição no país.

 

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