Dugongo acusada de maus tratos e despedimentos sem justa causa em Nacala

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Depois de Maputo, a Dugongo Cimentos está a construir uma nova fábrica em Nacala, província de Nampula. No entanto, os trabalhadores contratados para a construção da nova fábrica denunciaram maus tratos e despedimentos sem justa causa.

Os trabalhadores envolvidos na construção da Fábrica de Cimentos Dugongo em Nacala estão de costas voltadas com o patronato.  As obras arrancaram há três meses e de lá esta parte os funcionários ainda não tem contratos.

De acordo com os trabalhadores, citados pelo Jornal Wamphula fax, para da ausência de equipamentos de trabalho, são sujeitos a maus tratos e despedimentos sem justa causa

“No terreno, soubemos que os serventes de obras recebem 200 meticais por dia e os mestres-de-obras ganham 250 meticais. Entretanto, esse valor só é pago quando as tarefas diárias ficam concluídas. O representante dos trabalhadores, Ussene Mário, explicou que os serventes são forçados a fazer escavações profundas com picaretas para assentar os alicerces das infraestruturas que se pretendem construir, mas sem observância de nenhuma regra de saúde e segurança”, refere o Wamphula fax.

O empreiteiro que ganhou o concurso para a construção da nova fábrica de cimento pretende cumprir com os prazos e, por isso, não tem dado descanso aos trabalhadores nos fins-de-semana e nos feriados. No entanto, apesar de privar os trabalhadores nos dias que normalmente seriam de descanso não compensa com o pagamento das horas extras, facto que inquieta sobremaneira os queixosos.

Insatisfeitos com as condições em que são sujeitos, os trabalhadores decidiram paralisar as actividades como forma de pressionar o patronato a dar um intervalo de 90 minutos para o almoço.

Relativamente as queixas apresentadas pelos trabalhadores em relação ao empreiteiro, uma equipa multiossectorial, composta por técnicos dos Serviços Distritais do Trabalho, Serviços Distritais de Planeamento e Infraestruturas e os membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) deslocaram-se ao terreno para tentar mediar a situação, sendo que no final das conversaram não se dignaram a prestar declarações aos dos jornalistas que se fizeram ao local, alegando que não estavam autorizados.

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