Ferrão desvaloriza acusações do grupo de acadêmicos e comprova perfil

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Jorge Ferrão está entre os candidatos propostos ao Presidente da República para nomeação ao cargo de reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, cargo que ocupa actualmente. Entretanto, a sua escolha de Ferrão surge numa altura  em que um grupo de acadêmicos alega que o mesmo não preenche os requisitos legais ´para a posição, justificando que não tem categoria de   Professor Associado ou Auxiliar e não tem pelo menos 10 anos de experiência com docente. Entretanto, o antigo ministro da Educação refuta as acusações, referindo que as mesmas são falsas, apoiando-se no Boletim da República n° 38, de 9 de Maio de 2014 e no certificado de Pós-graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, na Universidade Federal Rural do Rio Janeiro, em 2002.

Nas eleições (internas) para o cargo da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão concorria com Bento Rupia Júnior. José Castiano com Benedito Sapane para o cargo de vice-reitor para a área académica; Manuel Zunguze e Gustavo Sobrinho Dgedge para vice-reitor para a área administrativa.

Jorge Ferrão venceu a eleição com dez votos, contra seis de Bento Rupia Júnior. José Castiano venceu com nove votos contra oito de Benedito Sapane, enquanto Gustavo Sobrinho Dgedge venceu com treze votos contra quatro de Manuel Zunguze.

A escolha de Ferrão para compor a lista ocorre debaixo de uma controversa lançada por um grupo de académicos que contesta a sua reeleição. Através duma carta sem suporte documental o suposto colectivo de docentes alega que o actual reitor não reúne requisitos para o cargo.

“Nos termos do art. 55.º do Decreto n.º 5/2019 de 4 de Março, que define o perfil de quem pode ser reitor e vice-reitores da Universidade Pedagógica de Maputo, só podem concorrer a este cargo cidadãos de nacionalidade moçambicana, com o nível académico de Doutor, com a experiência de pelo menos 10 anos como docente, com a categoria mínima de professor auxiliar, de reconhecido mérito profissional, competência técnica, idóneo, com capacidade de agregar e influenciar várias sensibilidades e grupos de interesses, quer de nível interno, quer de nível externo, na realização da missão e objectivos da instituição, e capazes de dirigir a instituição no contexto do programa de formação e desenvolvimento do país”, lê-se na carta que o Evidencias teve acesso.

No mesmo documento, os queixosos referem que não tem conhecimento do concurso que promoveu Jorge Ferrão à categoria de Professor Associado ou Auxiliar, estranhando o facto da Comissão Eleitoral apurar a candidatura do mesmo como Professor Associado enquanto nunca exerceu a função em alusão e nunca foi homologado pelo Tribunal Administrativo como Professor Associado.

Entretanto, Jorge Ferrão fez questão de provar que reúne os requisitos exigidos ocupar a vaga de reitor da Universidade Pedagógica de Maputo. Ferrão desvalorizou as queixas do grupo de acadêmicos, referindo que o Boletim da República n° 38, de 9 de Maio de 2014, comprova a sua promoção para a categoria de Professor Associado com 19,2 valores.

Nas entrelinhas, o acadêmico referiu que tem em mãos um certificado que atesta que concluiu a Pós-graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, na Universidade Federal Rural do Rio Janeiro, em 2002.

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