Moçambique poderá reduzir a dependência da importação de fármacos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) após a certificação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A informação foi tornada pública, na segunda-feira, 16 de Setembro, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante uma visita efectuada à Fábrica Nacional de Medicamentos, localizada no Bairro da Machava, província de Maputo.
A maior fábrica da África Austral, que opera no país desde 2015e com uma capacidade de produção anual de um bilhão de doses de medicamentos, foi, recentemente, certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de modo a produzir e exportar medicamentos para outros países.
“Nós agora temos um certificado mundial. O medicamento que sai daqui vai para todo o lado da região. Exceptuando as fábricas que existem já há muito tempo, até antes da independência da própria África do Sul, não há outra igual a vossa”, disse Nyusi.
A Fábrica de Medicamentos tem uma linha para a produção de 83 fármacos essenciais, incluindo anti-hipertensivos, vitaminas e antimaláricos. Actualmente, produz mais de 50, mas que poderia ser mais, contudo o aumento da produção ocorre de forma gradual: “Nós não podemos correr riscos fazendo muita coisa num dia para depois recuar”, explicou o Presidente da República.
Nyusi explica que a implantação da fábrica de medicamentos no país representa um ganho para os moçambicanos: “Tentamos mobilizar, encorajamos e foi bom que em 2015 embora timidamente a fábrica arrancou. Foi-se consolidando, fomos acreditando e hoje já é uma fábrica. É vossa, porque vocês é que fazem produzir. Já está a produzir para nós, mas também pronta para produzir para o mundo”, avançou. (Elísio Nuvunga)
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