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O Governo, através do Ministério da Saúde, pediu maior colaboração das Organizações da Sociedade Civil que trabalham em temáticas ligadas à saúde para estarem mais engajadas na prevenção e erradicação da malária em todo território com mais enfoque para a zona sul.
O repto foi lançado por Eusébio Chaquisse, Chefe do Departamento Central de Cuidados de Saúde Primários no Ministério da Saúde, durante workshop nacional sobre o papel das Organizações Da Sociedade Civil na Eliminação da Malária.
“O funcionamento depende também da supervisão, da participação da sociedade civil e do reconhecimento de que os esforços para a eliminação da Malária, sobretudo na região sul do país, depende também da participação da sociedade civil”, disse Eusébio Chaquisse
Chaquisse reconheceu que a malária continua a ser uma das causas de morte em Moçambique, destacando, para além de pedir mais engajamento da sociedade civil, o facto da zona sul estar a registar avanços no combate contra esta epidemia.
“Temos estado, nos últimos dias, nos últimos meses, a ter alguns focos em algumas epidemias na cidade de Maputo e em zonas onde nós tínhamos o controlo, naturalmente por causa de algumas mudanças climáticas, e a malária depende muito destes factores. A região sul do país está muito próxima e pensamos que a eliminação da malária na região sul do país, depende da maneira como é que nós nos posicionamos e como é que a sociedade civil participa”.
Em representação da sociedade civil, a presidente da Plataforma da Sociedade Civil Para Saúde e Direitos Humanos em Moçambique (PLASOC-M), Gilda Jossias, revelou que só no primeiro trimestre de 2024 o país registou 6,2 milhões de casos de malária e o número de óbitos provocados baixou para 196.
“Dados indicam que no primeiro semestre de 2024, Moçambique registou 6,2 milhões de casos de malária em 2024. No entanto, a malária continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública, condicionado em parte pelo desenvolvimento económico do país”, referiu Gilda Jossias.
Prosseguindo, Jossias manifestou a sua preocupação com a retirada do financiamento que, segundo ela, constitui um grande desafio na actualidade, tendo ainda reiterado o compromisso de reforçar o papel da sociedade civil na vigilância, mobilização comunitária e educação em saúde.
“E neste sentido, promover o envolvimento das organizações da sociedade civil na detenção precoce e encaminhamento de casos, identificar boas práticas e desafios comunitários, melhorar a adesão das comunidades às medidas de prevenção e tratamento, propor campanhas de sensibilização apropriadas à realidade local”.
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