Em Agosto, o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, considerado o master mind das dívidas ocultas, tinha tudo para seguir viagem para o seu país de origem, contudo um recurso tempestivo do Fórum da Monitoria e Orçamento, colocou tudo abaixo. Nesta quarta-feira, 10 de Novembro, o Tribunal Superior de Gauteng, rejeitou a decisão do ministro da justiça da África do Sul de extraditar Chang para Moçambique, defendendo que o ex – ministro das Finanças deve ser extraditado para os Estados Unidos da América.
Depois de sucessivos adiamentos, a juíza sul – africana Margaret Ruth, após de apreciar o recurso interposto pelo Fórum de Monitoria do Orçamento, concluiu que a decisão de extraditar Manuel Chang para Moçambique é invalida.
“Em resultado, ordeno, em primeiro lugar, que a decisão do segundo respondente em 23 de agosto de 2021 para extraditar o primeiro respondente para a República de Moçambique é declarada inconsistente com a Constituição da República da África do Sul, de 1996, e é inválida e nula”, declarou Ruth
Gorada a hipótese de enviar Chang para o seu país de origem, por sinal um duro golpe para as aspirações da Procuradoria – Geral da República, o Tribunal Superior de Gauteng anunciou que Chang será extraditado para os Estados Unidos da América.
“Em segundo lugar, a decisão do segundo respondente [ministro da Justiça] em 21 maio de 2019 é substituída pelo seguinte: o Sr. Manuel Chang deve ser entregue e extraditado para os Estados Unidos da América para ser julgado pelos seus supostos crimes, nos Estados Unidos da América, tal como está contido no pedido de extradição de 28 janeiro de 2019”, sentenciou
Importa referir que Manuel Chang foi detido em Dezembro de 2019 na sequência de um mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos, sob acusações de fraude e lavagem de dinheiro.
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