TSU reduz salário de Nyusi em 20%, enquanto professores e médicos vão continuar a “beber água”

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O Conselho de Ministros, reunido na segunda sessão do corrente ano, deferiu a proposta da Comissão de Enquadramento de Implementação da Tabela Salarial Única e avançou com   redução das remunerações e regalias dos dirigentes do Estado e dos órgãos de soberania. Segundo o vice – ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, o Governo vai reduzir em 20% o salário do Presidente da República e os restantes dirigentes do Estado e dos órgãos de soberania. Por outro lado, a  comissão liderada por Impissa ignorou as reivindicações dos médicos e dos professores.

Na sua intervenção depois da sessão do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa não avançou detalhes sobre a proposta apresentada pela Comissão de Enquadramento de Implementação da Tabela Salarial Única. Entretanto, na entrevista concedida a televisão pública Impissa avançou que o Governo vai reduzir em 20% o salário base do Chefe de Estado assim como dos restantes dirigentes do Estado e dos órgãos de soberania.

“A revisão dos salários em baixa foi uma medida acolhida e bem aceite pelo Presidente da República. Tem que ser assim porque a TSU fixa o quantitativo referencial do Chefe de Estado, ou seja, 21A o que significa que é o mais alto da tabela salarial, baixando esse deve por consequência baixar todo resto. No entanto, estamos a falar de cerca de 20% de redução do montante referencial e isso no salário do Presidente da República que corresponde 90 mil meticais. Por consequência todos os outros dirigentes que estão a baixo serão descontados o mesmo percentual para assegurar esta aproximação com os diferentes grupos salariais que temos na função pública”, explicou Impissa.

A entrada em vigor da Tabela Salarial Única colocou alguns de profissionais, com destaque para médicos, professores e magistrados, de costas voltadas com o Governo. Entretanto, não foi desta que os médicos e professores tiveram respostas das suas reivindicações, ou seja, vão continuar a “beber água” tal como recomendou o Presidente da República.

“Faz parte da natureza humana querer um pouco mais ou sempre ter um pouquinho mais daquilo que é bom. O que nós fizemos e o que foi aprovado penso que é uma questão de razoabilidade, não é problema de resolver tudo que se colocou como preocupação. Não resolvemos as questões que foram colocadas por diferentes grupos salariais porque a TSU não vinha para resolver necessariamente os problemas todos porque alguns problemas que foram sendo colocadas, o problema concreto dos médicos que era as condições de trabalho que tem a ver com a colocação de infraestruturas, colocavam também problemas de carreira”, referiu o governante para depois para depois adiantar que o Governo vai se concentrar na outra fase com vista a resolver os problemas de diferentes grupos profissionais.

“A Tabela Salarial Única é uma base de carreira e agora vamos para a fase seguinte que é a fase da melhoria ou da reforma no sistema de carreira e remunerações que vai permitir a concepção de novos qualificadores que poderão resolver grande parte dos problemas que tem sido colocados pelos diferentes grupos profissionais”.

Refira-se que, ainda na segunda sessão do Conselho de Ministros, o Governo fixou o novo salário mínimo nacional em 8 758 meticais.

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