Matsinhe defende que as reclamações em torno das adjudicações milionárias derivam da falta de conhecimento

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Reagindo ao alegado favorecimento do partido no poder nas adjudicações para o aluguer de transportes para o funcionamento dos órgãos eleitorais das autarquias nas províncias de Cabo Delgado e Zambézia, o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe, defendeu que não há irregularidade nas adjudicações, tendo referido que as reclamações do seio das organizações da sociedade civil derivam da falta do conhecimento.

Tal como sucedeu nos últimos pleitos eleitorais, o Secretariado de Administração Eleitoral (STAE) voltou a usar critérios pouco esclarecedores para beneficiar empresas lideradas por empresários ligados ao partido no poder, naquilo que agora, é interpretado como um esquema para o financiamento indirecto da campanha eleitoral do partido Frelimo.

As adjudicações na província de Cabo Delgado e Zambézia, segundo algumas organizações da sociedade civil, com destaque para o Centro de Integridade Pública, beneficiaram empresários com ligações com o partido no poder. Entretanto, na tentativa de tapar o sol com a peneira, o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe, veio ao terreno defender que não há irregularidades nas adjudicações

“Existe transparência, existe documentação e também existem motivos próprios para cada adjudicação que foi feita”, referiu dizendo que as críticas são motivadas por desconhecimento, pelo que prometeu que os órgãos eleitorais vão esclarecer tudo dentro de dias”, disse o homem de Deus emprestado à política para depois para depois referir que as reclamações em tornos dos concursos que foram alvo de questionamentos derivam da falta de conhecimento.

“São reclamações por falta de conhecimento de factos. Nós tomamos conhecimento disso e neste momento os órgãos estão a preparar-se para dar esse esclarecimento para tirar esse equívoco”.

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