PGR exige 3,1 mil milhões de dólares à Privinvest em Londres

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique pediu no Tribunal Comercial de Londres, no Reino Unido, 3.1 mil milhões de dólares ao grupo naval Privinvest e ao proprietário, Iskandar Safa, por danos, compensação e indemnização no já conhecido caso das “dívidas ocultas.” O pedido foi feito na abertura do julgamento nesta terça-feira, 17 de Outubro, pelo representante da PGR que destacou a “escala e velocidade chocantes” da fraude e corrupção cometidas pela empresa com sede em Dubai.

Joe Smouha enumerou os actos que considerou serem de corrupção e fraude da  Privinvest e seu proprietário e criticou os bancos de procurarem “ganhos comerciais rápidos à custa da população e fechando os olhos ao que era óbvio a qualquer banqueiro”.

Segundo Smouha, o julgamento dá “finalmente voz ao povo de Moçambique”, que mostra-se “sobrecarregado com pobreza e dívida”.

A Privinvest é acusada de subornar funcionários públicos, entre eles o ministro das Finanças, Manuel Chang, que é acusado de aprovar contractos e o financiamento de empréstimos às empresas estatais Proindicus, Ematum e MAM, num projecto que visava proteger a costa moçambicana e desenvolver a indústria do atum.

Por outro lado, a Procuradoria – Geral da República acusa a empresa e o seu proprietário, Iskandar Safa, de subornarem funcionários dos bancos Credit Suisse e VTB para facilitarem os financiamentos. No entanto, tanto Safa como a Privinivest negam as acusações que pesam sobre si.

Recorde-se que em finais do último mês (Setembro), a PGR chegou a um acordo com o Credit Suisse e retirou as acusações contra o banco que, por sua vez, renunciou à dívida de 450 milhões de dólares.

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