Maputo será palco da 13ª Conferência da Sociedade Africana de Ciências Agrárias

DESTAQUE ECONOMIA

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em parceria com o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), Instituto Superior Politécnico de Manica (ISPM), Instituto Superior Politécnico de Gaza (ISPG), lançou, recentemente, a 13ª Conferência da Sociedade Africana de Ciências Agronómicas, que vai decorrer entre os dias 16 e 19 de Setembro do ano em curso, na cidade de Maputo. Sob o lema   “Construir o Futuro de África – Investigação e Inovação Agrícola para a Transformação, Resiliência e Inclusão”, o evento vai contar com cerca de 400 participantes nacionais e internacionais.

 

Elísio Nuvunga

 

A conferência que terá lugar na capital moçambicana, Maputo, tem a finalidade de abrir espaço para a partilha de ideias, troca de experiências e discussão de resultados de investigação de modo a trazer soluções inovadoras para acelerar a transformação agrária em África, sobretudo em Moçambique.

 

De acordo com a Vice-Reitora Académica da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Amália Alexandre Uamusse, o tema da conferência “expressa uma ampla gama de oportunidades que a agricultura africana propicia hoje e que serão exploradas durante a conferência”.

 

Uamusse referiu ainda que o evento abre espaço de debates centrados em três subtemas que dentre eles destacam-se “sistemas de produção Agrícola” para uma produção sustentável, economicamente viável e eficiente, desde o plantio até ao processamento, comercialização e consumo; “Resiliência” para a redução de riscos naturais e por último a “inclusão” com vista a participação de mulheres e jovens em colectividades agrícolas.

 

Sendo Moçambique e o continente Africano em vias de desenvolvimento, Amália Alexandre Uamusse reconheceu maiores desafios que assolam o continente desde tempos longínquos, que vão desde a desnutrição e baixa produção no sector agrícola devido a desastres naturais e alterações climáticas.

 

“O crescimento agrário sustentável em África ainda enfrenta vários desafios. A insegurança alimentar e a subnutrição continuam sendo uma grande preocupação em todo o continente e, se não forem tomadas medidas, serão agravadas pelo elevado crescimento demográfico. A estagnação e a baixa produtividade devido à falta de factores de produção são também um dos principais desafios que a agricultura africana enfrenta, uma vez que o aumento da produção tem sido, principalmente, o resultado do aumento da população e da expansão da área. O impacto das alterações climáticas é outro desafio que a agricultura em África enfrenta”.

 

Vale salientar que esta é a segunda vez que a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) hospeda e organiza esta importante conferência africana, sendo que em 2011 acolheu a 11ª conferência, que contou com a participação de 450 participantes de 36 países.

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