O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) denunciou, na quarta-feira, 21 de Agosto, graves violações contra crianças na província de Cabo Delgado. Por outro lado, o UNICEF mostrou-se preocupado com o recrutamento e uso de crianças para o terrorismo.
Os ataques dos grupos armados, segundo dados da ACLED, fizeram mais de um milhão de deslocados internos, sendo que metade deste número são crianças e clamam urgentemente pela ajuda humanitária.
À margem da abertura da formação básica sobre violações graves em zonas de conflitos armados, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) defendeu que é urgente procurar soluções para reverter o actual cenário na província de Cabo Delgado.
“As crianças são as mais afectadas pelos conflitos armados. O impacto devastador dos conflitos armados, que decorrem um pouco por todo o mundo, é ainda mais visível nas crianças, que são, muitas das vezes, as mais vulneráveis”, declarou Sheila Cossa, representante do UNICEF em Moçambique para posteriormente denunciar o recrutamento de crianças para o terrorismo.
“O recrutamento e uso de crianças, o rapto de crianças, matar ou mutilar crianças, violência sexual contra crianças, o ataque a escolas e hospitais e a negação do acesso à ajuda humanitária são aspectos que nos preocupam”.
Na qualidade de representante do Ministério da Defesa Nacional, Fernando Ngovene, por sua vez, referiu que o Executivo está envidar esforços para garantir que os direitos das crianças não sejam violados.
“É responsabilidade do sector da defesa nacional velar pela promoção e protecção dos direitos da criança, bem como garantir a sua reinserção na comunidade. Esta temática exige de nós, como sector da defesa, proactividade e alinhamento com o direito humanitário”, declarou Ngovene.
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